Perguntas urgentes a José Genoíno
Por Marcos L Susskind
Sr. José Genoíno,
Ouvi parte de sua entrevista na qual o senhor propõe cortar laços com Israel e boicotar as empresas de judeus.
No intuito de seguir suas nobres instruções, ficam algumas perguntas para as quais preciso de suas respostas:
1 – Meu vizinho é dono de um pequeno supermercado onde procuro comprar para prestigiar o pequeno comerciante. Este rapaz está se convertendo ao judaísmo. Devo boicotá-lo desde já, apesar que ele ainda é cristão ou devo esperar para boicotar só depois da conversão?
2 – A sapataria onde compro os tênis de meu filho é de um casal. Ocorre que ele é cristão e ela é judia. Devo boicotar totalmente, não devo boicotar ou passo a comprar um pé lá e outro em outra loja? Afinal um dos sócios não é judeu.
3 – Meu primo precisa abrir uma veia do coração que está entupida. A melhor forma seria colocar um stent. Acontece que stent é invenção Israelense e eles recebem royalties. Para fazer o boicote sugerido devo insistir para que meu primo arrisque a vida em operação de peito aberto ou falo para ele morrer? Ou, neste caso especial, pode esquecer o boicote?
4 – Você propôs parar de usar equipamentos de segurança israelenses. Suécia, Inglaterra, Alemanha e muitos outros países usam tecnologia de segurança proveniente de Israel. A segurança em nossas cidades não é uma “maravilha”. Será que sem os equipamentos israelenses vai melhorar?
Sabe, Genoíno, Hitler e seus seguidores começaram com propostas iguais às suas. Será que você vai evoluir para eliminar judeus dos serviços públicos e, num estágio posterior, para matança em massa de judeus?
O antissemitismo começa sempre atacando os judeus mas nunca para só nos judeus.
Então termino com um alerta aos negros, aos nordestinos, aos evangélicos, aos LGBT e a toda e qualquer minoria: cuidem-se!
Afinal, as demais minorias sempre são vítimas posteriores. Todo cuidado é pouco.
Você, Genoíno, responderá ou seguirá os demais membros de seu partido, que jamais respondem aos eleitores?
Foto: Wikimedia Commons
6 comentários sobre “Perguntas urgentes a José Genoíno”