Peregrinos retornam a Meron em evento reduzido

Os fiéis retornaram ao Monte Meron na noite de quarta-feira para as celebrações de Lag B’omer, um ano depois que 45 pessoas morreram no pior desastre civil da história de Israel.

Pequenos confrontos foram relatados entre guardas e extremistas que ameaçaram invadir a área ao redor do túmulo do rabino Shimon Bar Yochai para as cerimônias que marcam o aniversário da morte do rabino, ocorrido há cerca de 19 séculos.

Antes do evento, vários peregrinos foram presos após serem encontrados com equipamentos de sabotagem, aparentemente com o objetivo de inviabilizar os esforços para limitar o evento.

Aproximadamente 8.000 policiais foram mobilizados para a área ao redor do túmulo para garantir a segurança dos participantes.

Os peregrinos realizaram uma cerimônia memorial especial para as vítimas pisoteadas até a morte no ano passado, acendendo velas e lendo seus nomes ao som de músicas tristes, antes do acendimento da fogueira principal de Lag B’Omer.

Repórteres no local disseram que a ordem estava sendo mantida, apesar da expectativa de grandes multidões e novas regras. Alguns que tentaram entrar no local com ingressos com hora marcada foram informados de que deveriam esperar até que o ingresso fosse válido, levando a uma aglomeração e confusão na entrada, informou o Canal 13.

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Dentro do complexo, as multidões eram significativamente menores do que nos anos anteriores. “Está vazio lá dentro”, reclamou um peregrino, que disse ter viajado quatro horas de Jerusalém, mas só teve permissão de entrar no local do túmulo por 30 segundos.

O líder do grupo Boyan Chassídica acendeu a fogueira cerimonial. Após a iluminação, uma banda klezmer tocou uma mistura de músicas clássicas, principalmente sobre o místico Bar Yochai, que se acredita ter morrido em Lag B’Omer e instruiu seus seguidores a comemorar o aniversário de sua morte.

As autoridades instituíram várias medidas de segurança destinadas a evitar a repetição da tragédia do ano passado. O acesso ao local foi limitado a 120.000 pessoas no total, com apenas 16.000 permitidas no complexo do túmulo a qualquer momento, embora tenham sido levantadas questões sobre a aplicação do limite. O formato do evento também mudou, com uma grande fogueira substituindo seis ligeiramente menores acesas nos anos anteriores.

Também foram consertadas as escadas e outras infraestruturas ao redor do complexo para aumentar a segurança.

Ônibus que saíram de cidades ortodoxas, na quarta-feira, foram fiscalizados pela polícia em busca de ingressos para o evento.

Em uma barreira na entrada do local, dezenas de homens e mulheres reclamaram quando policiais e seguranças bloquearam suas entradas devido à lotação do complexo.

Fonte: The Times of Israel
Foto (ilustrativa): Shutterstock, 2018