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Partidos apresentam suas recomendações a Rivlin

Os representantes dos partidos políticos estão se reunindo, hoje, com o presidente de Israel, Reuven Rivlin para apresentar suas recomendações à Knesset. A ordem de chegada à residência presidencial foi determinada de acordo com o tamanho do partido. O primeiro foi Likud e o último será o Ra’am.

Até o momento nenhum candidato recebeu 61 recomendações.

Netanyahu tem o apoio dos 52 parlamentares do Likud, Shas, Judaísmo da Torá Unida e Sionista Religioso. O Ra’am (Lista Árabe Unida) pode ainda dar a Netanyahu mais quatro.

Depois que o Azul e Branco anunciou que seus oito parlamentares endossaram Lapid, ele tem o apoio de 45, contando também com os representantes do Yesh Atid, Yisrael Beytenu, Avodá e Meretz.

Dois dos três partidos da Lista Conjunta – Hadash e Balad – rejeitaram Lapid, mas o Ta’al, que tem dois representantes, ainda não se decidiu. Lapid ligou para o líder do Ta’al, Ahmad Tibi, para pedir seu apoio, que junto com os seis do Nova Esperança, poderia dar a Lapid 53 indicações, uma a mais do que Netanyahu.

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Os representantes do Yamina, Ayelet Shaked e Matan Kahana, recomendaram seu líder, Naftali Bennett. Quando Rivlin perguntou quem era sua segunda escolha, eles se recusaram a responder, mas expressaram interesse em receber a indicação de Rivlin para formar um governo se o primeiro candidato não tiver sucesso.

“Naftali Bennett tem a melhor chance de formar um governo”, disse Shaked.

Quando os representantes de Yesh Atid argumentaram que Lapid deveria receber o mandato, Rivlin apontou que Netanyahu recebeu quase o dobro de votos. “Não vejo no momento como Lapid poderia formar um governo”, Rivlin disse a eles.

Uma fonte próxima a Rivlin disse ao The Jerusalem Post na Residência do Presidente que, quando Rivlin fez essa afirmação, ele ainda não sabia que o Hadash havia, momentos antes, decidido não apoiar Lapid.

Rivlin alertou os representantes de Azul e Branco que pode acabar sendo necessária uma quinta eleição.

O apoio do Azul e Branco a Lapid veio mais de um ano depois que o partido se separou em uma luta entre seus líderes, Benny  Gantz  e Lapid. Gantz conteve seu endosso até agora e considerou apoiar o chefe do Yamina, Naftali Bennett, em um esforço para evitar que Netanyahu forme o próximo governo.

“Continuaremos a fazer tudo o que pudermos para garantir que um governo honesto seja formado e que o mandato não vá para Netanyahu, que está ocupado com seu julgamento”, disse Gantz. “Peço a todo o bloco de mudança que recomende Yair Lapid para evitar que Netanyahu receba o mandato”.

Lapid agradeceu a Gantz, dizendo que o apoio de seu partido foi “parte da cura e da mudança de que o Estado de Israel tanto precisa”.

Rivlin iniciou suas consultas com os 13 partidos da Knesset na residência do presidente na manhã de segunda-feira. Os primeiros a chegar foram os representantes do Likud, Amir Ohana, Tzachi Hanegbi e Ophir Akunis, que recomendaram formalmente Netanyahu para formar o governo e discutiram com Rivlin por mais de meia hora.

“A principal consideração que me guiará é confiar a tarefa a um membro da Knesset que tenha a melhor chance de formar um governo que com a confiança da nova Knesset”, disse Rivin. “É assim que todos os presidentes israelenses anteriores agiram, é assim que agi nas eleições anteriores e é assim que agirei agora”.

Ohana objetou e disse que a eleição de 23 de março foi uma vitória clara de Netanyahu e do Likud. Ele ressaltou que a única vez na memória recente em que um líder de partido foi escolhido para formar um governo que não recebeu a maioria dos votos foi quando o Kadima venceu o Likud por apenas uma cadeira em 2009 e Netanyahu foi convidado a formar um governo pelo então presidente Shimon Peres, ao invés do chefe do Kadima, Tzipi Livni.

“O Likud é de longe a maior facção e o primeiro-ministro Netanyahu terá mais recomendações, então não há dúvida de que ele terá a melhor chance de construir um governo”, disse Ohana a repórteres após se encontrar com Rivlin.

O presidente anunciará quem receberá seu mandato na terça-feira, quando a nova Knesset será empossada, ou na quarta-feira, levando em consideração qual candidato recebeu mais recomendações, mas decidindo com base em quem poderia formar um governo estável.

Fonte: The Jerusalem Post

Foto: Yonatan Sindel

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