Parlamentar dinamarquês quer proibir circuncisão
Simon Emil Ammitzboll-Bille, ex-ministro do Interior da Dinamarca e líder da esquerda no país, propôs ao parlamento um projeto de lei para proibir a circuncisão, exceto por razões médicas. Segundo o parlamentar, “… o corpo de uma pessoa pertence a eles e os jovens devem decidir se desejam ser circuncidados”.
O projeto de lei causou agitação na comunidade judaica dinamarquesa, que atualmente tem 7.000 membros. O presidente da comunidade judaica local, Henri Goldstein, disse que essa é “a pior ameaça desde a Segunda Guerra Mundial”.
Nos últimos anos, o rito judaico chegou às notícias do país escandinavo em várias ocasiões em torno da questão de se é um procedimento benéfico para o menino do ponto de vista médico ou se, pelo contrário, o coloca em perigo.
A autoridade dinamarquesa de saúde e medicina realizou uma pesquisa em 2013 na qual não conseguiu demonstrar que o Brit Milah, como a circuncisão é chamada em hebraico, não tem benefícios médicos.
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Por este motivo, os responsáveis da Autoridade Sanitária afirmaram que não podiam publicar recomendação para a realização da circuncisão por motivos de saúde, mas que, por outro lado, não viam motivos para proibir a prática, uma vez que não foi encontrado nenhum risco anormal no estudo.