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Parlamentar de partido árabe é agredido pela polícia

O comandante da Polícia da Cidade Velha de Jerusalém, Doron Turgeman, ordenou, de acordo com o Canal 12, uma investigação sobre o incidente com o membro da Knesset Ofer Cassif, o único judeu na Lista Conjunta, predominantemente árabe.

Cassif estava participando de uma manifestação semanal no bairro de Sheikh Jarrah contra os despejos planejados e teria sido agredido por policiais.

Segundo imagens filmadas por manifestantes Cassif pode ser visto discutindo com policiais em meio a uma multidão, antes que um deles o empurre. Cassif então estendeu a mão em direção ao rosto de um dos policiais, que socou o deputado na cabeça.

Ainda segundo os manifestantes, depois de jogar Cassif no chão, alguns dos policiais pareciam continuar batendo nele, enquanto gritos de “vergonha” podiam ser ouvidos.

Em outro vídeo, um oficial pode ser visto ajoelhado no rosto de Cassif enquanto ele estava no chão.

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Cassif sofreu ferimentos leves, seus óculos foram quebrados e sua camisa foi rasgada durante as brigas, nas quais a polícia também usou granadas de efeito moral para afastar os manifestantes.

A polícia afirmou, na sexta-feira, que Cassif foi o primeiro a usar violência e que os policiais foram forçados a responder.

Cassif negou a acusação, dizendo que a violência começou “sem qualquer provocação e sem motivo”.

O presidente da Knesset, Yariv Levin, disse que ficou “chocado” com o incidente.

“Comportamento brutal como este em relação a qualquer cidadão é impróprio, quanto mais a um membro da Knesset que tem direito por lei à liberdade de movimento para que possa cumprir seu papel”, disse Levin, membro do partido Likud, em um comunicado.

Levin disse que entrará em contato com o ministro da Segurança Pública, Amir Ohana, para exigir que o incidente seja investigado e que “todas as medidas necessárias” sejam tomadas para processar os responsáveis.

Apesar de divergir das opiniões políticas de Cassif, o líder do partido Nova Esperança, Gideon Sa’ar, criticou a “violência policial brutal” contra o parlamentar da Lista Conjunta.

Bezalel Smotrich, chefe do partido de extrema direita Sionismo Religioso, disse que o incidente foi “grave e inaceitável” em uma democracia com Estado de Direito.

“A imunidade dos membros da Knesset é fundamental para cumprir seu papel e não é uma questão de um lado ou outro no mapa político”, disse ele.

A companheiro de partido de Cassif, Aida Touma-Sliman, afirmou que a polícia recebeu “luz verde” do governo para agir com violência.

Fonte: The Times of Israel

Foto: Captura de tela Twitter de Michael Dahan (مايك دهان)

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