Orçamento prevê corte de benefícios para olim
Os planos econômicos de Israel para o orçamento de 2025, publicados na quarta-feira, incluem uma disposição que limita o pacote de benefícios para novos imigrantes (olim) àqueles cujos ativos financeiros somam menos de NIS 500.000.
A provisão, chamada “Progressividade na Integração de Aliá”, aumenta os benefícios para indivíduos com bens de menos de NIS 500.000 em 10%. Espera-se uma economia de NIS 100 milhões nos gastos do estado, em 2025.
Os benefícios para olim, atualmente, incluem uma isenção de 10 anos da maioria dos impostos individuais e corporativos sobre ganhos fora de Israel. Também concede um período de aclimatação de um ano em que novos imigrantes podem escolher não ser considerados residentes israelenses para fins fiscais e um imposto reduzido sobre compra de imóveis.
O Comitê de Aliá e Integração da Knesset realizou uma reunião de “emergência” para discutir a medida. O presidente do comitê, Oded Forer (Yisrael Beytenu), pediu que a proposta fosse retirada, já que “isso significa dificultar os olim de virem para Israel”. De acordo com Forer, os investimentos em olim equivaleram a investimentos em crescimento, e colocar condições no pacote de benefícios para olim “mostra desconexão completa e potencialmente prejudica a aliá”.
“O Estado de Israel é um lar aberto para aliá para qualquer judeu e não apenas para populações com baixo status socioeconômico, incluindo populações abastadas e educadas que podem enriquecer a sociedade israelense de várias maneiras”, disse ele.
O advogado Avichai Kahana, diretor-geral do Ministério de Aliá e Integração, também se opôs ao projeto de lei, dizendo que ele “nasceu em pecado”.
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“Os judeus do mundo estão vivenciando um antissemitismo que não era visto há décadas, e isso levou a um aumento no número de pedidos de aliá. Neste período, especialmente, o pacote de benefícios deve ser ampliado”, disse Kahana. Ele também falou sobre os cortes no orçamento de seu ministério para 2025, alertando que ele “não será capaz de operar os programas mais básicos”.
“Não seremos capazes de continuar integrando novos olim ao Estado de Israel com um orçamento baixo, que não chega a NIS 170 milhões”, disse Kahana.
Sua resposta indicou uma falta incomum de comunicação entre os ministérios da Aliá e das Finanças, apesar de ambos os ministros, Bezalel Smotrich e Ofir Sofer, respectivamente, serem do mesmo partido (o Partido Sionista Religioso).
O plano econômico será discutido pelo governo em um debate que começou nesta quinta-feira e provavelmente durará até sexta-feira à tarde, e não está claro se a medida será aprovada ou não. Mesmo se aprovada, ela ainda precisará passar pelo processo legislativo na Knesset, e poderá receber emendas dos parlamentares.
Fonte: Revista Bras.il a partir de The Jerusalem POst
Foto: Canva