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Obstáculos para acordo de cessar-fogo foram superados

As últimas pendências para o acordo de cessar-fogo com o Hamas foram resolvidas e o acordo está fechado, segundo uma fonte dos EUA citada pelo jornalista israelense Barak Ravid.

O acordo foi anunciado pelos líderes do Catar e dos EUA ontem, mas o Gabinete do Primeiro-Ministro (PMO) emitiu uma declaração, nesta manhã, acusando o Hamas de recuar em alguns pontos e criar uma “crise” na finalização do acordo.

O PMO disse que o Hamas renegou partes do acordo de cessar-fogo que interromperão os combates em Gaza, anunciado no dia anterior, em um esforço para extorquir concessões de última hora.

A aceitação do acordo por Israel não será oficial até que seja aprovado pelo gabinete de segurança e pelo governo do país, e uma votação estava marcada para esta quinta-feira.

O presidente do Shas, Aryeh Deri, anunciou agora à tarde, que as barreiras que impediam a implementação de um acordo de cessar-fogo com o Hamas foram superadas.

O alto funcionário do Hamas, Izzat el-Reshiq, disse essa manhã, que o grupo terrorista continua comprometido com o acordo de cessar-fogo fechado ontem e programado para entrar em vigor a partir de domingo, pondo fim a 15 meses de conflito.

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O enviado do presidente dos EUA, Joe Biden, Brett McGurk, e o enviado do presidente eleito Donald Trump, Steve Witkoff, estavam em Doha com mediadores egípcios e catarianos trabalhando para resolver a última disputa restante, disse uma autoridade dos EUA, que falou sob condição de anonimato.

A disputa envolvia as identidades de alguns prisioneiros que o Hamas exige que sejam libertados, disse a autoridade americana.

Uma reportagem do jornal Al-Arabi Al-Jadid, do Catar, disse que a razão para a crise que ocorreu no acordo foi o desejo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de incluir nove nomes de sequestrados feridos na lista acordada.

Alega-se que o Hamas concordou com o pedido de Netanyahu, com a condição de que incluísse na primeira fase os nomes dos prisioneiros que serão libertados. Entre os prisioneiros que o Hamas exigiu incluir estariam Marwan Barghouti e Ahmed Sadat, além de mil prisioneiros detidos na Faixa de Gaza, segundo a reportagem do jornal catariano.

O acordo prevê um cessar-fogo inicial de seis semanas com a retirada gradual das forças israelenses da Faixa de Gaza. Reféns tomados pelo Hamas, que controla o enclave, seriam libertados em troca de prisioneiros palestinos que foram condenados em Israel, em grande parte, por envolvimento em atividades terroristas.

O acordo também abre caminho para um aumento na ajuda humanitária para Gaza. Filas de caminhões de ajuda estavam alinhadas na cidade fronteiriça egípcia de El-Arish esperam para cruzar para Gaza, assim que a fronteira for reaberta.

A disputa de última hora levou a um adiamento da reunião do gabinete de segurança política agendada para esta quinta-feira. O gabinete e o governo se reunirão na sexta-feira para aprovar o acordo, e a libertação dos primeiros reféns deve começar no domingo.

Fonte: Revista Bras.il a partir de The Algemeiner e The Times of Israel
Foto: GPO

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