O verdadeiro insulto de Macron
Desde as eleições em novembro último não tivemos tanto noticiário sobre o Brasil no exterior como nesta semana. Mas de lá para cá o tom agressivo contra nosso país e o nosso presidente se tornou ainda mais ácido. Tudo por causa das queimadas na Amazônia.
Na mídia social não foi diferente. Postagens afirmando o fim da humanidade, o dano irreparável ao meio ambiente, a extinção irreversível de espécies de animais e vegetais e é claro, o slogan: nossos pulmões estão queimando, ajudaram a dar o spin que – sem nenhuma sutileza – revelou a verdadeira agenda destes Nostradamus de meia pataca: perseguir e minar um governo de direita que a esquerda não admite.
Mas quem provocou esta situação não foi o agricultor que aproveitou a estação seca para limpar o terreno para o plantio. Foi o ridículo presidente da França Emmanuel Macron.
Vamos começar dando um pano de fundo para ele. Macron foi eleito presidente em 2017 não por causa de suas ideias ou um passado político impressionante. Ele só entrou na política em 2012 quando foi nomeado conselheiro do presidente François Hollande. Ele ganhou a eleição por que os franceses – que são de esquerda e extrema esquerda – de repente se viram frente a uma possível vitória da candidata de direita Marine Le Pen. Não foi um voto para ele, mas contra Le Pen. Desde então, a aprovação de Macron caiu abismalmente a míseros 23%.
Com a controvérsia gerada com o Brasil, sua aprovação subiu para 34% nesta semana. Coincidência? Acho que não.
Amigos, desde que me conheço como gente, e isso já faz tempo, o Brasil sempre foi inserido no terceiro mundo – no chamado grupo de países “em desenvolvimento” por acadêmicos do chamado “primeiro mundo”. E não importa quantos megaprojetos de infraestrutura construíssemos, ou quantos problemas resolvêssemos com garra e criatividade como o programa do álcool, isto não mudava. Do meu segundo ano primário ao terceiro colegial, sempre foi a mesma ladainha.
Não é a primeira vez que um presidente francês tenta usar o Brasil para seus próprios propósitos. Em 1964, o general De Gaulle em visita ao país disse que o “Brasil não era um país sério”. Mais tarde ele foi ainda mais ofensivo dizendo que no Brasil as frutas não tinham gosto, as flores não tinham cheiro, as mulheres não tinham pudor e os homens não tinham honra. Em francês todas estas palavras rimam.
Macron, que não consegue resolver seus problemas internos, nem as manifestações dos jalecos amarelos, da imigração descontrolada, da fuga das empresas, da alta dos impostos na França, resolveu colocar seu nariz no Brasil porque como toda esquerda festiva, é sexy levantar a bandeira do aquecimento global, da defesa do meio ambiente, porque o faz parecer o paladino do clima, salvador do mundo.
O que ele e a imprensa cúmplice não conta é que apesar de haver muitas queimadas na Amazônia, este ano não está nem perto do record alcançado em anos passados.
De acordo com o jornal O Globo, que convenhamos não é pró-Bolsonaro, noticiou que um pouco mais de 39 mil focos de queimadas foram registrados desde 1º de janeiro até hoje.
Agora, o pico das queimadas foi em 2004 e 2005, com mais de 75 mil focos por ano! Mas era o início do governo Lula. Em 2006 caiu para 33 mil mas em 2007 subiu para 47 mil. No último ano do governo Lula, em 2010, houveram 44 mil focos de queimadas e com a Dilma, os focos aumentaram. Eles caíram com o governo Temer para 16 mil em 2018 até o salto para 39 mil agora.
Eu procurei no Google, no Bing e quase não encontrei artigos sobre as queimadas em 2004 ou 2005 e com certeza, os poucos artigos não jogavam a culpa em Lula. Do mesmo modo que o incêndio no parque de Yosemite na Califórnia, em 1988, ou das florestas gregas em 2007 ou da Austrália em 2009 não foram culpa de seus presidentes. Então, o Macron deveria ouvir a nova musica da Taylor Swift, Você Precisa Se Acalmar. Mas não.
Insatisfeito com a crise com o Brasil, ele resolveu convidar o Ministro do Exterior do Irã, Javad Zarif para a reunião do G-7 tentando provocar uma situação em que Trump se encontraria com ele. Macron pareceu completamente anestesiado e inconsciente para as tensões entre Israel e o Irã durante a semana e as constantes provocações dos aiatolás na região.
De Beirute a Bagdá, de Teerã até Jerusalém, os comentários inflamatórios abundaram sobre uma “guerra iminente”. O descaso europeu pode ser explicado por noticias mais importantes como a saída da Inglaterra da Comunidade Europeia, o furacão Dorian, a ausência da Russia no G-7 ou se Trump compraria a Groenlândia. Há também os protestos em massa em Hong Kong e uma crise na província indiana de Caxemir.
Mas um suposto ataque aéreo de Israel a instalações de mísseis de precisão da Hezbollah no Líbano e outros ataques aéreos israelenses contra posições iranianas no Iraque e contra o Hamas em Gaza são preocupantes.
Essas tensões se relacionam com outras no Golfo Pérsico, bem como entre os rebeldes da Arábia Saudita e Houthi no Iêmen. Os Houthis que são xiitas e o braço do Irã na península, tentaram usar drones com explosivos contra alvos na Arábia Saudita quase todos os dias na última semana. Tudo isso está sendo coordenado pelos mulás do Irã para desestabilizar o Oriente Médio. E Macron, em sua infinita sabedoria e inteligência, acha que agora é o momento de oferecer a mão para estes terroristas.
Macron ficou insultado com a resposta do Presidente a uma brincadeira de um brasileiro comparando a mulher dele Brigitte com a nossa primeira dama Michelle. Não houve qualquer insulto. Houve apenas uma constatação. Brigitte Macron não é uma mulher atraente ou jovem. Ela tem 25 anos a mais que o marido. Idade suficiente para ser mãe dele e parece! E vai dizer que depois de 12 anos de casado é a primeira vez que ele ouve um comentário sobre a diferença de idade dele com a mulher?
Por isto esta história para mim não cola. É uma desculpa esfarrapada para tentar colocar na mesa uma proposta antiga de internacionalizar a Amazonia. Como se as colônias francesas (como a Guyana Francesa que tem fronteira com o Brasil) fossem exemplos de avanço e desenvolvimento.
A Amazônia é do Brasil e dos outros 8 países que tem parte da floresta. Apenas deles. Os problemas com as queimadas podem ser resolvidos com educação, supervisão e planejamento para que os recursos desta vasta região amazônica sejam aproveitados para o benefício de todos os brasileiros sem afetar a integridade da floresta.
Alguém acredita que as enormes reservas de petróleo da Venezuela secam na fronteira com o Brasil?
Mas tudo isso tem que ser feito com o respeito internacional e sem ameaças contra o nosso território. Macron, do alto de sua arrogância deveria se curvar ante a majestade do Brasil e saber que o povo brasileiro sabe sim responder a violações à sua soberania. E os Estados Unidos e Israel sabem muito melhor do que a França como lidar com os bullies e terroristas do mundo como os aiatolás do Irã.