O último chilique de Abbas
Por Deborah Srour Politis
Ultimamente o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, arranjou mais uma desculpa para esmolar junto a seus irmãos árabes e europeus: o coronavírus. A sua suposta “falta de recursos” para combater a pandemia é de quebrar o coração. Mas parece que “recursos” para Abbas, se limitam ao dinheiro vivo porque qualquer coisa outra, como equipamentos médicos, máscaras e roupas protetoras não contam.
Nesta semana, ele recusou um avião inteiro de ajuda enviada pelos Emirados Árabes sabem por quê? Por que o avião aterrissou no aeroporto de Ben Gurion em Israel. A arrogância dele chegou ao ponto de condenar os Emirados por estarem “normalizando” suas relações com Israel. A mídia dos Emirados como dizemos em bom português, “desceu a lenha” em Abbas.
Mas a senilidade do velho líder palestino se faz sentir a cada vez que abre a boca. Ele continua a repetir a mesma velha ladainha como se fosse uma novidade bombástica. Na terça-feira ele convocou uma reunião de imprensa para anunciar pela centésima vez que não mais iria respeitar os acordos com Israel. A única diferença foi que desta vez ele incluiu os Estados Unidos como alvo de sua birra.
Ele disse que “Considera o governo americano totalmente responsável pela opressão contra o povo palestino e o principal parceiro do governo de ocupação nas medidas agressivas e injustas contra o povo palestino”.
Embora os capachos presentes duvidassem que Abbas realmente cumprisse sua promessa de acabar com a cooperação econômica e de segurança com Israel nenhum deles teve coragem de abrir a boca. Aqueles que ousaram perguntar sobre um cronograma para implementar esta decisão, foram avisados pelos assessores de Abbas que se não calassem a boca, seriam expulsos. É claro.
A última coisa que Abbas quer, é cumprir estas ameaças idiotas. É Israel quem continua a dar a segurança a ele continuar no poder. A única promessa que ele cumpre é o financiamento dos terroristas. Como Donald Trump teve a ousadia de exigir que ele desse um fim à prática de “pagar para matar”, que exigisse que ele honrasse sua promessa de renunciar ao terrorismo e reconhecesse Israel como um Estado judeu?
E essa é a verdadeira razão de sua última diatribe: relembrar a comunidade internacional de sua “situação” e forçar os líderes árabes e europeus a atenderem à sua última reclamação.
Não que seja uma nova reclamação, é claro. Não, Abbas é um macaco velho que se mantém relevante ao fingir que sua principal missão na vida – como a de seu antecessor, o falecido arqui-terrorista e chefe da OLP Yasser Arafat – é obter independência de seu povo da ocupação “ilegal de Israel” da Judeia e Samaria e Gaza.
Não importa que a Jordânia tivesse ocupado a Judeia e Samária e o Egito ocupado Gaza de 1949 a 1967 e durante aqueles anos nunca houve qualquer reivindicação árabe para constituir um estado palestino naquelas áreas. Que em 1964, a OLP foi constituída para libertar toda a chamada Palestina menos a Judeia, Samaria e Gaza que Arafat reconhecia serem da Jordânia e do Egito. Esqueça que Israel se retirou totalmente de Gaza em 2005, evacuando à força todos os 8 mil judeus que viviam lá. Gaza para Abbas continua sendo “ocupada”.
Agora, na Judeia e Samaria não são 8 mil mas 700 mil habitantes, em comunidades que formam verdadeiras cidades. O que Israel planeja fazer é aplicar a lei israelense sobre estas cidades e não mais deixa-las sob o comando da administração civil do exército. Esta é a grande “anexação” que enfurece tanto Abbas.
Abbas distorce a história para se adequar à sua narrativa em casa e no exterior. Em casa, através de livros escolares e da mídia bem controlados, ele promove a noção de que a “catástrofe” da fundação de Israel em 1948 foi a “ocupação ilegal da Palestina” original. Ao mesmo tempo, ele nega o Holocausto e acusa Israel de crimes nazistas, glorifica mártires que morrem matando judeus inocentes e promovendo um antissemitismo visceral na sua sociedade.
Para o exterior, Abbas culpa Israel pela falta de paz, evita a questão do incitamento à violência e se refere apenas às fronteiras de 1967 ao discutir o estado palestino.
Apesar de ser uma fraude, Abbas foi recompensado generosamente, não apenas com grandes quantidades de dinheiro de todo o mundo, mas com a ajuda de Israel no esforço conjunto para manter o Hamas sob controle. E só para deixar claro, a organização terrorista que governa Gaza está tão empenhada em aniquilar Abbas quanto em acabar com a “entidade sionista”.
Portanto, não é do interesse de Abbas interromper a cooperação de segurança com Israel, e ele sabe disso. Ele também está ciente que não pode cortar os laços econômicos para os 100 mil palestinos empregados em Israel entre eles, cerca de 30 mil que trabalham nos “assentamentos” que ele e seus campeões de esquerda chamam de “ilegais”.
A perspectiva de que o novo governo de Israel estenda a soberania israelense sobre partes da Judéia e Samaria e do vale do Jordão está deixando Abbas em pânico. Um pânico que começou quando Trump assumiu a presidência e que vem aumentando desde então. Com um bom motivo.
Trump e sua equipe deixaram claro desde o início que eles não toleravam as palhaçadas palestinas. A posição deles desde o início era que Israel é a pátria histórica do povo judeu e um milagre moderno – um farol de liberdade e democracia no Oriente Médio com valores que os Estados Unidos compartilham.
Trump avisou Abbas para aceitar seu programa ou esquecer a ajuda americana. E para a surpresa de Abbas, o governo americano começou a implementar uma série de políticas que o encostaram na parede.
Como por exemplo, reconhecer oficialmente Jerusalém como a capital de Israel; cortar fundos para a UNRWA; a assinatura do Taylor Force Act; a saída do acordo nuclear com o Irã; a mudança da embaixada dos EUA para Jerusalém; o reconhecimento da soberania israelense sobre as colinas do Golã; e o anuncio que assentamentos israelenses na Judéia e Samaria não “violam o direito internacional”.
Nenhum chilique que Abbas tenha dado a essas ações fez a menor diferença. Nem os avisos de que todo o inferno irromperia no Oriente Médio. As reações do mundo a cada declaração provocaram apenas um bocejo.
É provavelmente por isso que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não teve problemas em adotar o plano de Trump. A experiência lhe ensinou duas coisas: uma é que as assinaturas palestinas sobre acordos de paz não têm qualquer valor; o outro é que Trump cumpre suas promessas.
Não dá para saber o que Abbas espera conseguir, fazendo ameaças que todos consideram vazias. O líder de 84 anos e autor do livro: “O outro lado: a relação secreta entre nazismo e sionismo” sabe que logo vai sair do cargo, vivo ou morto, e não com um brado, mas com uma lamúria.
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