O que a China sabia
Por Deborah Srour Politis
Depois do presidente Donald Trump suspender a contribuição americana de $400 milhões de dólares anuais para a Organização Mundial de Saúde, outro braço inútil da ONU, ele ordenou uma investigação para saber de onde veio o vírus da corona e compreender o verdadeiro papel da China nesta pandemia de proporções bíblicas.
Só para colocarmos as informações em contexto, vamos rever a linha do tempo. Os primeiros casos do vírus foram detectados em Wuhan no final de Novembro. Somente em 31 de dezembro de 2019, a China comunicou a OMS que tinha tido alguns casos similares à pneumonia em Wuhan. Isso quando hospitais em Hubei – onde fica Wuhan – haviam supostamente detectado apenas quatro casos de uma pneumonia de etiologia desconhecida.
No dia 1º de janeiro as autoridades fecharam o mercado de frutos do mar dizendo que o vírus havia saído de lá.
Em 14 de janeiro, a China fechou a cidade de Wuhan impedindo qualquer um de entrar e sair para outros lugares da China, suspendendo os voos domésticos principalmente para a capital Beijing. Enquanto a China se protegia, ela deixou os voos internacionais continuarem de Wuhan causando a propagação do vírus para outros países insistindo que a transmissão do corona era feita somente de animais para humanos. No meio tempo, a China ordenou de uma empresa da qual ela é sócia majoritária na Austrália, 2.4 bilhões de máscaras e 25 milhões de roupas protetoras que começaram a ser entregues na China em 24 de Janeiro.
Somente em 20 de janeiro, a televisão chinesa reconheceu que havia transmissão da doença de humanos para humanos. Estes seis dias cruciais de silêncio da China é o que causou esta pandemia. No dia seguinte, no dia 21 se confirmou o primeiro caso nos Estados Unidos. Dez dias depois com casos confirmados já em toda a Europa, Ásia e América do Norte, o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom emitiu um comunicado congratulando a liderança do governo chinês, a transparência e esforços para conter o surto assim como as medidas fortes e sua vontade de trabalhar com outros países e que estas medidas eram boas não apenas para a China, mas para o resto do mundo.
Claro que Tedros estava no bolso da China assim como várias outras organizações da ONU que sistematicamente fecham os olhos para as violações de direitos humanos, para os atos de agressão que até hoje continuam no Mar do Sul da China além das violações das condições de trabalho em suas fábricas e a falta de liberdade de culto, de imprensa, de congregação e de livre expressão.
Ontem mesmo, no meio desta pandemia, com todos isolados em suas casas, as autoridades chinesas prenderam vários ativistas pela democracia em Hong Kong, aproveitando que o mundo está preocupado com seus doentes.
É só a ultima das ações que a China tem tomado para controlar a informação. Um dia antes de a China vir a publico sobre o corona, um jovem oftalmologista de Wuhan, Dr. Li Wenliang, armado do resultado de um exame foi o primeiro a chamar a atenção sobre o vírus num grupo de mensagens fechado com outros médicos. Só que as autoridades viram a troca. Dois dias depois o Dr. Li e outros médicos foram interrogados e no dia 3 de janeiro ele foi obrigado a assinar uma declaração que estava espalhando “falsos rumores”. Em 7 de fevereiro o jovem médico morreu supostamente de Corona. Vários outros foram presos e mortos pelo regime incluindo cidadãos comuns que se acharam na obrigação de alertar seus concidadãos.
Com medo na informação a China passou leis ainda mais draconianas em 1º de março permitindo o governo a limitar o uso de mídia social. Desde então mais de 450 usuários da internet foram presos por terem compartilhado informações sobre o vírus que as autoridades continuam a dizer serem “rumores falsos”.
Trump agiu bem ao suspender a contribuição para a OMS. Ela está na cama com a China que em vez de transparência tem acobertado seu papel nesta pandemia, em vez de compartilhar informações, ela as eliminou assim como as testemunhas, prendendo e matando muitas delas, de médicos a jornalistas, de ativistas a cidadãos comuns. E este fato é o que causou a morte de centenas de milhares de pessoas, a infecção de 2,3 milhões e um sem número de milhões que perderam seus empregos no mundo inteiro.
Mas a maior bomba ainda está por vir. Já foi descartada a possibilidade de que um animal vendido no mercado teria originado a doença. Há algumas semanas que o consenso sobre a origem do vírus teria sido um erro ou a negligência de um empregado do laboratório de Wuhan. Mas ontem, Luc Montaigner, o virologista e ganhador do premio Nobel em fisiologia e medicina de 2008 pela descoberta do HIV, o vírus da AIDS, declarou que o vírus foi “feito” no laboratório da China.
Ele disse que após analisar o novo corona vírus ele concluiu que parte da sequência de imunodeficiência humana foi inserida em seu genoma. E ele disse não ser o único. Que pesquisadores da Índia tentaram publicar um estudo exatamente sobre isto, mas não conseguiram provavelmente por razões políticas. Todo o mundo anda sobre ovos quando se trata da China e é exatamente isso o que ela quer.
Mas a China não está sendo de todo bem sucedida. Ninguém acredita nos dados que ela publica e até o número de casos e mortes viraram chacota nos fóruns internacionais. Tanto que as autoridades chinesas, neste final de semana decidiram rever seus números aumentando os casos e mortes em 50% com a desculpa que não tinham computado os que morreram em casa. Ainda assim, 4 mil mortes é irrisório e não dá para honestamente acreditar no que sai da boca deles.
Este é o mais custoso encobrimento de um governo na história da humanidade e foi feito com a cumplicidade da Organização Mundial de Saúde.
Agora o que falta saber é se este vírus realmente escapou do laboratório em Wuhan ou foi propositalmente solto por aí para um teste de guerra biológica que saiu de controle. De qualquer forma, a China tem que pagar restituição para os 210 países que contaminou proposital ou negligentemente e pode começar a fazê-lo ao perdoar a dívida que fez muitos deles contraírem.
De agora em diante não podemos mais deixar a China dominar a economia do mundo, ser o único fornecedor de produtos básicos e remédios dos quais dependemos. Depois desta pandemia temos que reavaliar o que são produtos de primeira necessidade e serviços essenciais e nos certificarmos que eles não mais estarão nas mãos deste regime comunista brutal e impiedoso. Isto será uma boa oportunidade para ressuscitarmos a indústria nacional, retomarmos o controle dos serviços essenciais e produzirmos domesticamente o que precisamos. É só querer.