Será que o ódio prevalecerá no Eurovision?
A ONG Shurat HaDin pede ao governo israelense que impeça a banda Hatari, da Islândia, de entrar no país e participar do Festival da Canção devido à intenção do grupo de usar o palco como plataforma política.
Segundo a ONG de direitos civis, focada na representação de vítimas do terrorismo e causas judaicas e israelenses, a banda quer promover a causa palestina no palco, apesar da proibição da atividade política e também desafiou Netanyahu a lutar o “glima”, um combate escandinavo que tem como objetivo fazer o oponente cair. Nesta luta, os dois guerreiros devem entrar no campo de luta usando apenas calças de couro.
O banda, adepta do BDSM (significa bondage, disciplina, dominação e submissão, sadismo e masoquismo) e também do BDS (Boicote, desinvestimento e sanções) e cujos membros já declararam sua forte identidade com a causa palestina, dizem que tem o dever de usar o concurso da Eurovision como uma plataforma para transmitir suas opiniões e protestar contra a “violação israelense dos direitos humanos”.
O grupo venceu o concurso de seleção local com a música “Hatrid Mun Sigra” ou “O ódio prevalecerá”.
A organização Shurat HaDin está exigindo que o ministro do Interior Aryeh Deri impeça o grupo de entrar no país e argumenta:
“De acordo com a emenda à Lei de Entrada em Israel, uma pessoa que não seja cidadã israelense ou que não possua uma permissão de residência permanente em Israel não receberá um visto ou autorização de residência, se ele ou a organização ou órgão em que estiver trabalhando tenha emitido um apelo público para boicotar Israel.”