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O mundo todo contra nós

Por David S. Moran

Há exatamente 55 anos, o poeta Yehoram Tahar Lev escreveu a canção “Haolam Kulo Negdeinu” (O mundo todo contra nós), que foi um grande sucesso na época. Este é o sentimento hoje, já que grande parte das lideranças mundiais condenam a guerra que Israel trava em sete fronts. Eles se esquivam de dizer que a guerra foi iniciada pela organização terrorista Hamas e no dia seguinte pela organização terrorista Hezbollah. Israel está se defendendo.

Israel está lutando ao mesmo tempo contra o Hamas na Faixa de Gaza, Hezbollah que sequestrou o Líbano para o Irã, a Síria, o próprio regime teocrático extremista xiita do Irã, o Iraque, os Houtis no Iêmen e elementos do Hamas entre os árabe-israelenses.

O que o Irã a mais de 2.000 km tem a ver com Israel? E depois tem comentaristas que alegam que a guerra não é religiosa é contra Israel que quer ocupar terra árabe. (???)

A mídia mundial aceita como um fato indiscutível os números de fatalidades e feridos no lado dos gazenses, quando todos os especialistas sabem que os árabes exageram nos números. Isto sem se valer que a covarde luta do Hamas é entrincheirar-se entre os civis e se esconder atrás deles, assim como faz o Hezbollah no Líbano.

O Prof. Scott Galloway da NYU, autor de livros, disse numa entrevista para a MSNBC (26/04/2024, está no YouTube): “as alegações de que Israel está matando civis numa proporção grande com a morte de terroristas, não é verídica. Os EUA foram atacados em Pearl Harbour quando os japoneses mataram 2.200 americanos, nós matamos mais de 3,3 milhões de japoneses. Nos atentados de 11/9 morreram 2.800 americanos, nos matamos mais de 400 mil no Afeganistão e Iraque e ninguém nos acusa de genocídio, mas os judeus não podem se defender… a relação entre terroristas e civis mortos em Gaza é mais baixa do que foi em Mosul, menor do que foi no Japão e na Alemanha. Isto significa que há um padrão para os judeus em Israel e o resto do mundo”.

Nenhum país adverte antecipadamente a população a se retirar de uma área antes de iniciar uma ofensiva militar contra os terroristas, como faz Israel. Assim, muitos terroristas também podem se retirar do local a ser visado. Depois chamam o ato de não humano.

O mundo islâmico tem privilégios, que nenhum outro grupo tem. São 57 países muçulmanos, entre eles 22 são árabes, e só um Estado Judeu. Enquanto os milhões de refugiados no mundo têm uma organização para tratar deles, a UNHCR, os palestinos receberam uma agência especial para eles, a UNRWA. Já foi muito falado que nas escolas da UNRWA, os professores palestinos lecionam a odiar os judeus e os israelenses. Muitos dos 30.000 funcionários da UNRWA são terroristas do Hamas, inclusive alguns que participaram do massacre de 7/10/2023.

Os funcionários principais que lidam com o Oriente Médio são socialistas, anti-israelenses, como por exemplo, o Secretário Geral da ONU, António Guterres, que foi líder do Partido Socialista português. Entre outras, em 24/10/2023 ele condenou o ataque do Hamas contra Israel, mas logo amenizou justificando: “que este não ocorreu num vácuo. Os palestinos estão há 56 anos debaixo de ocupação sufocante”. A Faixa de Gaza pertenceu ao Egito e não aos palestinos. Na Guerra dos 6 Dias (1967) Israel a conquistou do Egito. Nos acordos de Oslo (1995) Israel passou a Faixa de Gaza à Autoridade Palestina, menos os povoados judaicos na área. Em agosto de 2005, Israel se retirou completamente de Gaza. Dois anos depois, o Hamas assumiu o poder da Autoridade Palestina.

Guterres condena Israel e, mesmo sabendo que o líder do Sindicato dos Professores da UNRWA no Líbano era líder do Hamas, não o condenou. O Ministro do Exterior de Israel decidiu declará-lo “persona non grata” proibindo sua entrada no país. A ONU não conseguiu que os israelenses sequestrados pelo Hamas obtivessem ao menos visitas de médicos, ou que alguém os visse e lhes entregasse remédios e/ou cartas. Estão no cativeiro há 379 dias.

Outro anti-israelense é Josep Borrell, que é representante da Política Externa da União Europeia e foi líder do Partido dos Trabalhadores Socialistas (PSOE) espanhol. Condena Israel sem condenar as ações do Hamas e exigir a libertação dos 101 reféns. Alega que Israel está matando de fome os palestinos de Gaza. Sabe ele que o Hamas toma os caminhões com alimentos e os comercializa?

A Relatora Especial da ONU pela Situação nos Territórios Ocupados, Francesca Albanense, que trabalhou na UNRWA e conhecida anti-israelense e antissemita disse entre outras: “ações de resistência não legítimas não faz deslegitimação da resistência per si”, acrescentando que matar soldados é legítimo. No passado, comparou a Naqba ao Holocausto. Acusou Israel (onde 20% da população é árabe-israelense com direitos iguais e representação na Knesset) de ser um Estado de apartheid.

O anti-israelismo se estende. A França quer impor boicote de armas e não deixar empresas israelenses exporem na Euro Navy, em novembro, como barrou a indústria de armas de Israel de expor na Eurosatory. A indústria naval de Israel vai recorrer na justiça contra esta atitude. Na América Latina, Lula, infelizmente, definiu sua posição e se alinha com os palestinos e até impede a compra de veículos blindados pelo exército de uma firma israelense que ganhou concorrência pública. A Nicarágua rompeu relações, bem como a Bolívia. A Venezuela e Cuba não tinham relações diplomáticas com Israel.

Há poucas semanas, Israel decidiu revidar aos ataques por mísseis, morteiros e drones do Hezbollah contra seu território. Na região fronteiriça, há postos da UNIFIL, a força da ONU cuja missão é manter a paz no local. A UNIFIL, bem como a UNEF, que esteve entre Israel e o Egito de 1956 a 1967, não cumpre sua missão. O Hezbollah agiu debaixo do nariz da UNIFIL que nada fez quando o Hezbollah violou o acordo 1701. As FDI descobrem, agora, túneis ao lado de postos da UNIFIL. Seria melhor se eles se retirassem. Quando Nasser pediu ao UNEF para se retirar, eles o fizeram e deixaram o Egito. Israel nada tem contra o Líbano, muito pelo contrário. Na época em que este país foi chamado a Suíça do Oriente Médio, todos pensavam que seria o primeiro país árabe a estabelecer relações diplomáticas com Israel. A UNIFIL certamente não cumpre sua tarefa. É muito interessante (e inviável) que suas patrulhas não tenham visto os terroristas do Hezbollah cavarem dezenas de túneis, inclusive em Naqura. Quando Israel reage e contra-ataca o Hezbollah que se esconde ao lado da UNIFIL, alguns reclamam e Borrell exige condenação de Israel.

No dia mais sagrado do calendário judaico, o Yom Kipur, o Hezbollah lançou mísseis que chegaram até o centro de Israel, inclusive em Herzliya soou o alarme e descemos ao bunker. Um dos dois drones atingiu um lar de idosos na cidade, ninguém se feriu. O Hezbollah, apesar de perder sua liderança, inclusive o carismático Nasrallah, continua a lançar entre 150 e 300 morteiros, mísseis e drones diariamente. A maioria é abatida, outros caem em espaços abertos e uma pequena porção faz estragos, mas quase nunca com perdas humanas.

Agora, que tanto se fala da retaliação israelense contra o Irã, os EUA enviaram a primeira bateria antimísseis balísticos, THAAD. Também, bombardeios B52 bombardearam arsenais dos Houtis no Iêmen.

A guerra continua, tanto em Gaza como no sul do Líbano. Mas, o que preocupa a população israelense é o retorno dos 101 sequestrados, entre vivos e mortos e o fim da guerra e a volta à normalidade.

Tudo leva a crer que o líder do Hamas Yahya Sinwar foi morto (redigido antes da confirmação de sua morte)

Nas últimas horas, cresce a notícia de que o líder do Hamas Yahya Sinwar morreu em Rafah. Sabe-se que as FDI estavam em combates na cidade de Rafah, sul de Gaza. Os soldados notaram uma movimentação numa casa, fizeram a advertência e como de praxe, os soldados não entram na casa antes do tanque atirar e aí vão vasculhar a casa. Assim foi feito e quando os soldados entraram para fazer a limpeza, encontraram três cadáveres. Um deles é parecido com Sinwar.

Estava com vestes militares, colete a prova de bala, com granadas e armas, grande quantidade de dinheiro israelense e carteiras de identidade palestinos. Ao seu lado estava o comandante do batalhão Khan Yunes (cidade natal do Sinwar) e seu ajudante de ordens. Tudo aconteceu casualmente e não foi um ato de preparo antecipado.

Yahya Sinwar era um extremista muçulmano que jurou varrer Israel do mapa. Esteve na prisão israelense durante 22 anos. Na prisão matou com suas próprias mãos quatro palestinos que acusou cooperar com as autoridades israelenses. Teve sentença de 425 anos de prisão. Aprendeu o hebraico. Foi salvo por médicos israelenses que o operaram de câncer do cérebro. Foi libertado junto com mais de 1.000 terroristas por 1 soldado israelense.

Neste momento ouvem-se vozes de alegria em Gaza pela morte do arquiterrorista, que foi ditador da Faixa de Gaza e muita gente o odeia.

Em Rosh Hashaná Israel conseguiu eliminar o Nasrallah, em Sukot o Sinwar. Agora, o que nos esconde o futuro. Um dos seus possíveis herdeiros de terror é seu irmão Muhamed Sinwar, que também é extremista.

Israel oficialmente ainda não divulgou nada. Tem medo dos religiosos que criticariam o governo por falar num feriado religioso. Mas, houve uma informação que teria saído do Gabinete do Primeiro-Ministro de que não houve reféns na redondeza do confronto militar.

Foto: FDI

Um comentário sobre “O mundo todo contra nós

  • A ONU pariu alguns ratos e a maldita UNRWA! Somente D’us e o próprio povo judeu podem defender ISRAEL e o povo judeu!

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