O Monte do Templo explosivo
Por David S. Moran
O terror palestino, associado ao fanatismo islâmico religioso, transmite ao mundo a acusação de que o Estado de Israel quer destruir as mesquitas de Omar e Al Aqsa localizadas no Monte, onde há 2000 anos estava o Templo sagrado dos judeus.
Todos os envolvidos nesta trama sabem muito bem que o jogo é vendido, que não há nenhuma verdade nisso, mas colaboram com a infâmia. A obrigação de qualquer regime é usar sua policia para controlar situação de arruaças e vandalismo em qualquer parte do país, principalmente quando se trata de um lugar observado com lupa por todo o mundo. Isto também é feito pela polícia de Israel.
O mês de Ramadã – sagrado para os muçulmanos – foi comemorado juntamente na época dos 7 dias da Páscoa judaica. Este fato já valeu para que algumas centenas de jovens radicais armazenassem pedras e tijolos na mesquita (lugar sagrado e de reza) e as lançassem sobre os policiais e judeus rezando junto ao Muro das Lamentações.
Aí começaram as condenações. Claro que contra Israel. O impotente presidente palestino, Mahmoud Abbas, liga ao líder russo, Putin. Este que está envolvido até o pescoço numa sangrenta e terrível chacina na Ucrânia, tem tempo para prestar solidariedade ao Abbas. A ministra de Cooperação Internacional dos EAU convoca o embaixador israelense no seu país para lhe transmitir condenação e exige o fim dos ataques “que desequilibram a estabilidade na região”.
O rei Abdullah II, da Jordânia (que está no poder também graças a ajuda israelense) condena “a atuação de Israel e os seus atos ilegais”. O presidente turco, Erdogan, que está se aproximando de Israel (por motivos de interesses eleitorais na Turquia) também condena a ação israelense contra os bagunceiros.
Mesmo que todos saibam a verdade e a realidade, o Ministro do Exterior israelense, Yair Lapid, atualizou o seu colega americano, Anthony Blinken. Enfatizou que Israel permite liberdade religiosa a todas as religiões, mas não permitirá que algumas centenas de radicais prejudiquem a reza de milhares. Tanto é que no último dia do Ramadã, o Eid al Fitr, 200.000 muçulmanos rezaram no Monte do Templo, próximo a Mesquita de Al Aqsa.
Quem até hoje só destruiu lugares sagrados foram os árabes, muçulmanos e palestinos. O presidente da Autoridade Palestina, Abbas segue a fala de quem o precedeu, Yasser Arafat, e diz “proteger os lugares sagrados ao islão e ao cristianismo” (afinal a Terra Santa para os judeus tem importante significado aos cristãos, por Jesus que aqui nasceu e viveu). O islão é proveniente da Arabia Saudita, mas adotou a força o Monte do Templo. Os árabes atacaram judeus, mesmo antes de 1948 e antes de 1967. Profanaram o centenário cemitério israelita em Monte Scopus, usando 38 mil lápides para pavimentar ruas e banheiros públicos. Os árabes palestinos não poupam os árabes cristãos, destroem igrejas e mosteiros, nacionalizam terras de cristãos e com ameaças conseguiram afugentar muitos milhares de cristãos da Cisjordânia para o exterior. Dá para constatar este fato vendo quantos cristãos viviam em Belém (Beth Lehem), em 1995 (quando passou aos palestinos) e quantos hoje. Que o digam os cristãos libaneses, cristãos sírios, os do Iraque, os cristãos coptas do Egito, etc… Forças da Talibã explodiram no Afeganistão duas estatuas gigantes de Buda, de 55 e 37, metros esculpidos no século VI, por serem “não islâmicos”. Que o digam os suecos de Malmo (terceira maior cidade da Suécia) que receberam refugiados muçulmanos de braços abertos no país e agora estão amedrontados pela ocupação islâmica.
Enfim, não se trata de Israel. O mundo teme a influência da enorme população muçulmana do mundo (1,3 bilhões de pessoas), que tem maioria em 56 países, muitos dos quais têm governantes multibilionários em dólares, euros, etc. Por estes motivos aceita sua narrativa, mesmo que saiba a realidade e não aceite a agenda.
A jornalista Shireen Abu Aqla foi morta, e daí?
Agora que chamei a tua atenção, vamos ao lamentável fato. Inicialmente quero expressar meu lamento pela perda de vida de inocentes em qualquer lugar e da Shireen também. O mês do Ramadã que recentemente terminou, todo ano troca a compenetração e a religiosidade para atos violentos e sangrentos. Isto ocorreu este ano também, quando a maioria dos terroristas saíram da cidade de Jenin. No mês do Ramadã assassinaram 19 israelenses e feriram dezenas.
As Forças de Defesa de Israel (Tsahal) nos últimos dias (e noites) está atuando para prender terroristas (e já prendeu algumas dezenas) para abortar ações terroristas contra civis israelenses. É sua obrigação. Isto também ocorreu na manhã de quarta-feira (11). Os soldados israelenses foram recebidos com fogo cerrado de terroristas e evidentemente revidaram. Alguns jornalistas estiveram no local e infelizmente a jornalista Shareen Abu Aqla foi atingida e logo veio a falecer. Até aqui os fatos.
Uma coisa todos os envolvidos concordam, houve troca de tiros. Os palestinos receberam as tropas do Comando Duvdevan, com fogo intenso atirado para todo lado. Os soldados israelenses são bem treinados e atiram em alvos que reconhecem. Tanto é que na última semana conseguiram prender dezenas de terroristas, sem nenhuma baixa.
Os palestinos filmam sua ação e se vê claramente que um terrorista grita aos seus pares que acertou um soldado e este caiu no chão. Pelo fato que nenhum soldado foi atingido, pelo visto ele acertou a jornalista Shareen. Ela é muito conhecida no mundo árabe, pois trabalha na rede de comunicação, Al Jazeera, do Qatar, desde 1997, a mais popular no mundo árabe.
O veredito já foi dado, antes mesmo de investigar quem atirou na repórter, os palestinos imediatamente acusaram o exército israelense de tê-la matado. O presidente palestino Abbas responsabilizou Israel pelo brutal assassinato. Evidentemente seguido pelos líderes da Hamas, Jihad Islâmico e Hizballah, entre outros. Shireen nasceu e viveu em Jerusalém, mas tem também cidadania americana. Isto fez com que o embaixador americano em Israel e também o Secretário de Estado americano pedissem uma profunda investigação.
Em Israel, desde o Presidente Herzog, passando pelo Primeiro-ministro Bennett, Ministro da Defesa, Gantz, Comandante das Forças Armadas, Major-General Kochavi, todos lamentaram o ocorrido e pediram investigação conjunta com os palestinos e, se estes quiserem, com representante americano para chegar a verdade. Os palestinos preferiram levar o corpo da jornalista para fazer operação patológica na Universidade de A Najah em Nablus. O patologista retirou a bala e disse não saber quem a disparou. Quer dizer que o patologista palestino, não acusou Israel de ter acertado a repórter. Israel mais uma vez ofereceu para receber a bala e examiná-la para determinar de quem partiu, os palestinos recusaram. Talvez saibam porquê. E se constatassem que foi tiro palestino, vão pedir desculpas? A justiça palestina é pró-palestina. Mesmo não sabendo quem disparou o tiro, já sabe quem é o culpado. Fase II – agora vamos fazer “investigação transparente”(?). Fase III – mesmo se chegasse a outra conclusão, o resultado já foi estabelecido e não pode mudar.
Segundo relatórios do Comitê de Proteção dos Jornalistas, desde o ano de 2000, no mundo todo morreram 1449 jornalistas, fato muito lamentável. Desses 19 morreram cobrindo Israel e a Autoridade Palestina. Há menos de 1 ano, em 22.6.2021, policiais da AP entraram na casa do ativista dos direitos humanos, crítico e blogger, Nizar Banat de 43 anos em Hebron às 3:30 hs. Não foi a primeira vez, só que desta vez, segundo seu primo, 25 policiais palestinos o levaram batendo sem cessar. Ele acabou morrendo. Ninguém no mundo falou ou pediu investigação. Muito menos a Autoridade Palestina e seu presidente Mahmoud Abbas, que sofreram demonstrações em Ramallah e Hebron.
A morte da jornalista Shireen Abu Aqla tomou mais espaço na mídia do que os 12 milhões de ucranianos que perderam suas casas pela invasão russa. LAMENTÁVEL. Só por tratar de tragédia em que Israel está envolvido, isto saiu das devidas proporções.
Qatar e Al Jazeera
Qatar é um minúsculo país desértico (11.500km) e de cerca de 2,9 milhões de habitantes, mas com o maior PIB per capita do mundo, graças a extração de gás natural e petróleo. Conseguiu sua independência do protetorado da Inglaterra só em 1971. Foi dos primeiros países árabes a estabelecer relações com Israel (depois do Egito, Jordânia e Omã), em 1996. Também teve boas relações econômicas e tudo mudou em 2009, devido a Operação Chumbo Fundido, do exército israelense em Gaza.
O Emir de Qatar tornou seu país em muito hostil ao Estado de Israel. Através da poderosa emissora de comunicação, Al Jazeera, que é estatal, prega a destruição de Israel, apoia a Irmandade Muçulmana e as narrativas dos radicais da Hamas, Jihad Islâmico, Hizballah. Qatar tornou-se refúgio aos lideres da Hamas, como Khaled Mashal e Ismail Hanie e ao espião árabe-israelense, Azmi Bishara, que foi deputado na Knesset. Conseguiu fugir no último segundo e do Qatar lança seu veneno contra Israel, inclusive tenta impedir a entrada de espectadores israelenses ao Mundial que será disputado lá no fim do ano. Contudo, para aliviar o sofrimento econômico da população de Gaza, Israel permite a entrada de milhões de dólares do Qatar, para serem distribuídos à população.
Israel é um Estado democrático, que por absurdo que seja na minha humilde opinião, deveria impedir que rede hostil, como o é a Al Jazeera transmita do país. Sem comparação, isto foi feito em vários países árabes, como a Arábia Saudita, Emirados Árabe Unidos, Bahrein e outros que chutaram para fora a mídia que só falava mal do país hospede.
Foto: Konevi (PxHere)