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O jeito israelense de ser

Por Roni Szuchman

Claro que isso é uma caricatura e como tal tem seus exageros, mas se eu fosse descrever o israelense médio, ele seria: magro, relativamente alto, moreno, careca, com um nariz nada econômico, as vezes com uma pistola na cintura, mas sempre com um cigarro na boca. Provavelmente ele vai estar falando bem alto ao telefone, com fone de ouvido, como se estivesse em casa (o que não deixa de ser verdade).

O jeito israelense de ser se percebe em atividades cotidianas como estacionar o carro, por exemplo. Imagine uma vaga para estacionar na rua. Se um dos pneus estiver dentro da vaga, tá valendo! Não importa se o resto do carro está na perpendicular, transversal ou na contramão, metade no meio da rua ou em cima da calçada! A ideia é: larguei o carro aqui e tudo bem!

Filas. O que é isso? Melhor fazer um amontoado de pessoas tentando entrar num lugar ao mesmo tempo, onde quem pode mais, entra antes. Se você ficar esperando a sua vez, não vai ter vez!

E finalmente as crianças. As crianças aqui em Israel são caso à parte, mas o que me assombra mais são os pais. Elas podem estar tocando o horror, gritando, se descabelando ou se pendurando nos lugares onde ninguém jamais se pendurou, que os pais não dão a mínima. A criaturinha pode estar pondo fogo em Roma que o progenitor não levanta os olhos. A questão aqui é que você simplesmente não sabe quem é o pai! Dá vontade de perguntar: “É seu? Pois se for, pega antes que morra!!!”

Dica útil: em Israel não tem outro jeito. O jeito é aceitar do jeito que é!

3 comentários sobre “O jeito israelense de ser

  • No caso das crianças, eu não saberia o que fazer por que me incomoda a ideia de crianças sem limites, quanto o resto, me parece uma bagunça organizada e por isso, bem legal. Ah! a limpeza também é invejável!!

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