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O doce sabor de Israel

A culinária de Israel, como todos sabem, é uma grande mistura de pratos trazidos para o país pelos judeus de várias nacionalidades que chegaram a Israel, desde a sua fundação, fugindo de perseguições religiosas e mais tarde por puro sionismo ou em busca de melhor qualidade de vida.

Esta mescla de culturas e tradições faz com que a cozinha israelense seja tão apreciada por quem visita o país.

Além dos sem número de temperos, a culinária israelense incorpora muitos frutos e sementes comuns na região do Oriente Médio e do Mediterrâneo tais como gergelim, pistache, grão de bico, tâmaras, nozes, amêndoas e outros e muitos doces da região são preparados à base destes ingredientes.

Andando pelos diversos shuks (feiras) de Israel nos deparamos com uma infinidade de doces bons para os olhos e melhor ainda para o paladar. Não se pode dizer o mesmo para a balança, pois em geral os doces consumidos na Terra Santa são bem calóricos.

Um dos doces preferidos de nativos e turistas é o knafe, também chamado kanafeh, kunafeh, künefe ou kunafah. O knafe é tão especial que existem lojas espalhadas pelas cidades especializadas em knafe, que atualmente levam o nome de knaferia.

O knafe é um doce árabe feito de vermicelli, um tipo de massa bastante fina, semelhante à aletria, geralmente recheado de queijo ou de uma mistura de creme de leite e leite. É um doce servido no prato, para comer com garfo e faca e geralmente servido quente ou morno com uma calda de açúcar, muitas vezes misturada com água de flor de laranjeira.

Outra delícia da culinária é a icônica sobremesa israelense, conhecida como malabi. Este doce tem suas raízes em receitas centenárias de pudins feitos de farinha de arroz e amêndoa e coberto com geleia de água de rosas, mas outras coberturas como o pistache triturado e flocos também podem acompanhar esta sobremesa que, além dos restaurantes, é encontrada em pequenos quiosques nas feiras.

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A baklava é outro doce que faz sucesso com gregos e troianos. A baklava é feita com camadas de massa filo folhada, recheada de nozes picadas ou com pistache, avelãs e sementes de gergelim ou papoula e adoçada com uma calda de mel.

Um dos doces mais conhecidos do Oriente médio é a halva, que também pode ser chamada de Haleu, Halawi ou Halewu. É um doce antigo e tradicional da culinária árabe muito consumido por países como Líbano, Israel, Turquia e Síria e facilmente encontrado no SAARA no centro do Rio de Janeiro e em outras capitais. Ele é feito com mel, açúcar e uma pasta de gergelim (tahine), a mesma utilizada para fazer homus e babaganouche.

O gergelim é o principal ingrediente desse doce e ele sempre teve um papel importante no Egito antigo, pois era uma forma de incrementar as refeições. É a oleaginosa mais plantada do mundo e tem um alto valor nutritivo.

A halva pode ser encontrada em quase todos os supermercados israelenses, na forma industrializada, bem como em padarias e confeitarias. Atualmente a halva pode ser encontrada em vários sabores como chocolate, café, amêndoas e não é incomum encontrar versões com pistache ou outras nozes. Além dos diferentes formatos encontrados, existe também a pasta de halva que muitas crianças… e adultos comem espalhada no pão.

Muito popular também pelas bandas de cá é o babka, um pão doce trançado que se originou nas comunidades judaicas da Polônia e da Ucrânia. Este pão é preparado com uma massa levedada com recheio de chocolate, canela, frutas ou queijo, depois enrolada e trançada antes de assar.

A harissa ou baboussa, encontrada em imensos tabuleiros das feiras de Israel, é um bolo preparado com farinha de sêmola e coberta com uma calda de açúcar ou de água de flor de laranjeira. Em geral servida em formato quadrado com uma amêndoa em cima de cada quadrado.

Uma iguaria que não pode faltar nas mesas das cafeterias de Israel é o Rugelach, um pão recheado em formato de croissant. O rugelach é recheado com chocolate, canela, passas, sementes de papoula ou frutos secos, encontrado em cafés e padarias por todo o país.

Outro doce encontrado nos cafés do país e nas festas em família são as bolas de chocolate. À primeira vista lembra o nosso brigadeiro, mas não passa nem de longe do queridinho dos brasileiros. São bolas feitas com uma massa de biscoitos esfarelados, misturados com cacau (às vezes também um pouco de café), leite, açúcar e óleo e cobertos com coco ralado ou pedacinhos de chocolate. Há muitas modificações que podem ser feitas na receita básica, como por exemplo, substituir o biscoito por um bolo de chocolate e a cobertura pode ser variada, sendo substituída por cacau em pó ou pedaços de pistache, nozes ou amêndoas.

Há também os doces tradicionais das festas judaicas como o oznei haman e os sufganiot.

O Oznei Haman, ou hamantashen ou orelhas de Haman, é um biscoito recheado que se prepara para comemorar a festa judaica de Purim. O nome refere-se a Haman, o vilão da história de Purim. O Oznei Haman é feito em formato triangular e recheado de geleia de semente de papoula, chocolate ou geleia de ameixas ou de damasco e tâmaras. A razão para a forma de três lados é incerta. Há uma velha lenda de que Haman usava um chapéu de três pontas.

Passeando pelas cidades israelenses na semana de chanucá, no mês de dezembro, não há quem não se encante com os sufganiot expostos em vitrines de confeitarias e em mesas colocadas do lado de fora das cafeterias nas ruas e nos shoppings.

Os sufganiot, bastante parecidos com os nossos sonhos, são uma iguaria tradicional da festa das luzes, quando se deve comer algo frito. O sufganiá é um bolinho esponjoso frito recheado com geleia ou creme e coberto com açúcar de confeiteiro. Diferentemente dos sonhos que conhecemos no Brasil, onde o recheio é o carro-chefe, os sufganiot levam uma camada mínima de recheio. Na verdade é “injetada” uma porção mínima de geleia ou um creme de chocolate.

Nos últimos anos, as padarias e confeitarias israelenses têm oferecido cada vez mais versões gourmet tanto dos Oznei Haman, que tem variedades sem glúten e diet, quanto dos sufganiot, que se apresentam cada vez mais sofisticados e coloridos com coberturas e recheios dos mais variados sabores.

Agora que você já conhece alguns dos mais tradicionais doces de Israel, que tal experimentar um deles, acompanhado de um cafezinho, ou melhor um café turco. Cafezinho coado, como o brasileiro, vai ser difícil encontrar, mas os cafés de Israel são tema para outra matéria.

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