O amor e a qualidade de tempo
Por Mary Kirschbaum
Num dia destes, no meio de uma viagem curta que fazia a trabalho, paro num posto de gasolina para um café.
Ao entrar na loja de conveniência, me deparo com uma boa quantidade de transeuntes fazendo suas comprinhas e pedindo da mesma bebida.
Ao chegar a minha vez de pedir, um minutinho antes, me veio uma reflexão… Puxa vida, este é um momento no qual eu realmente gostaria de “saborear” um café…
Ao verificar o rosto do sujeito que iria me atender, notei que, sendo o único ali e precisando dar conta daquele povo todinho, transformando a sua tarefa numa boa “quantidade” de trabalho, percebi que não haveria a “qualidade” desejada para o meu “momento tão precioso”.
Bem, ao fazer meu pedido então, tive uma ideia; simplesmente falei: Quero o meu café com “Amor”…
Ele, um pouco transtornado, com um pedido tão diferenciado, no meio de um dia turbulento de trabalho, olhou nos meus olhos e disse: Ok! Entendi!
Bom, compartilhando este meu momento com vocês, digo que ele realmente entendeu meu pedido!
Quero, com esta história dizer que penso que o “Amor” está totalmente ligado a questão da “Qualidade do tempo”. Da boa qualidade de tempo!
De pararmos um pouco, de olharmos nos olhos do outro, de tentar entender o que o outro realmente quer, o que ele precisa, naquele exato momento e, realmente, nos dedicarmos a fazer da melhor maneira possível, com a atenção e o carinho que só se faz quando se tem “Amor”.
Não estou falando do amor romântico. Estou falando de amor ao próximo, de amor a um outro ser humano, de compreensão…
Foi isto que busquei naquele café, no meu pequeno intervalo de tempo, e foi isto que aquele trabalhador me serviu, ao perceber em meus olhos que ele não precisava de muito tempo… mas de um tempo de “Qualidade”.
E todos nós, inclusive ele, precisa, “de vez em quando” de um “Cafezinho com amor”.
Foto: Alina Zakovyrko (Pixabay)
Muitas vezes no final da compra e quando fui bem atendido respondo a sua pergunta ” mais alguma coisa?” Respondo ” sim, pagar!” Pagar aos produtos que comprei e ao bom atendimento que tive ao reconhecimento do do dever de amar o próximo em qualquer momento e sem diferença.
Muito legal Henrique!
Grande abraço!
Mary