Número de mortos na explosão de hospital de Gaza é exagerado
O número de mortes no hospital Al-Ahli causadas pela falha do míssil da Jihad Islâmica Palestina na noite de quarta-feira pode ter sido grosseiramente deturpado por fontes locais, de acordo com relatórios de quinta-feira de uma série de fontes de inteligência independentes, bem como de fontes de notícias europeias.
Fontes locais de Gaza, administradas pelo Hamas, alegam que 471 pessoas foram mortas no hospital. Fontes de inteligência estrangeiras independentes afirmaram que o número estava mais próximo de 10 a 50 pessoas.
O Le Monde da França observou numa análise na quinta-feira que pelo menos 15 corpos sem vida eram visíveis em imagens de vídeo verificadas da área momentos após a explosão. Quatro deles eram corpos de crianças.
A fonte de inteligência de código aberto OSINTtechnical no X analisou o incidente usando imagens de satélite obtidas através do satélite SkyWatch. Observou que nenhuma diferença clara pode ser discernida na área ao redor do complexo hospitalar. Especificamente, a OSINT examinou o cemitério de onde o projétil teria sido lançado, de acordo com um telefonema interceptado divulgado pelas FDI.
Na gravação das FDI, dois agentes do Hamas descobriram que um dos seus foguetes tinha caído no hospital e não em Israel propriamente dito.
A OSINT observou que, com base em uma análise preliminar das imagens, “não há aqui uma ‘arma fumegante’ que possa ser facilmente apontada”.
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Tanto a OSINT quanto Nathan Ruser, analista do Australian Strategic Policy Institute, avaliaram fotos do estacionamento fora do hospital antes e depois da explosão.
Ruser afirmou que, em sua opinião, “as fotos da cena não são consistentes com as afirmações de que cerca de 500 pessoas foram mortas”.
A OSINT presumiu que a explosão teve o pior impacto nas pessoas deslocadas que foram recolhidas para abrigo no pátio do hospital. Entre 30 e 50 dessas pessoas provavelmente foram mortas na noite de quarta-feira. “Eles sofreram o pior com a explosão”, escreveu OSINT.
Ruser observou que a cerca de 10 metros do local do impacto, os carros pareciam praticamente intactos.
Finalmente, de acordo com a Reuters, citando um relatório não confidencial da inteligência dos EUA divulgado na quinta-feira, o número de mortos é estimado “provavelmente no limite inferior do espectro de 100 a 300”. A Reuters acrescentou que a avaliação pode evoluir.
Quando a explosão ocorreu no Hospital Árabe Al-Ahli, em Gaza, na noite de quarta-feira, as autoridades de Gaza atribuíram a responsabilidade às FDI. Os meios de comunicação estrangeiros, bem como porta-vozes do governo internacional, condenaram o alegado ataque de Israel.
No entanto, mais tarde foi divulgado num relatório das FDI endossado por funcionários da inteligência dos EUA e outras fontes de inteligência independentes que a explosão foi causada por um míssil da Jihad Islâmica Palestina que falhou quando foi disparado contra Israel a partir de dentro de Gaza.
As principais evidências que apoiam essa explicação foram vídeos da trajetória do míssil e o fato de que às 18h59, quando ocorreu a explosão, a Jihad tinha acabado de disparar uma barragem de foguetes em direção ao sul de Israel.
Fonte: Revista Bras.il a partir de The Jerusalem Post
Foto: Shutterstock
