Novo governo quer lei que limite mandato do PM
Nas negociações para formar o governo Bennett-Lapid, o partido Nova Esperança, de Gideon Saar, tentou fazer avançar uma lei que impediria o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de concorrer às próximas eleições.
Todos os partidos do governo concordaram com a necessidade de promulgar uma lei limitando o mandato do primeiro-ministro a dois mandatos ou oito anos. O Nova Esperança também propôs uma lei que imporia uma “cláusula de quarentena” de quatro anos sem que o político pudesse se candidatar.
Segundo fontes envolvidas nas negociações, o Yesh Atid expressou apoio ao movimento e procurou adicioná-lo aos acordos de coalizão, mas o Yamina rejeitou totalmente e o item não foi incluído nos acordos.
A cláusula de quarentena, relatada pela primeira vez segundo o News 12, impediria Netanyahu de concorrer na próxima eleição e levou a um ataque muito forte do Likud contra o presidente do Yamina, Naftali Bennett. “O primeiro-ministro Netanyahu está lutando contra o Irã, e Bennett está trazendo uma lei do Irã. Esta lei vai tirar Israel do grupo de democracias esclarecidas e colocá-lo no dos regimes tirânicos mais sombrios”.
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“Depois que Bennett enganou os eleitores e levou seus votos da direita para a esquerda apenas para ser indicado primeiro-ministro com 6 cadeiras, agora está trazendo uma lei que não existe em qualquer democracia no mundo, a fim de desqualificar o primeiro-ministro Netanyahu de concorrer à Knesset, eliminando assim o líder da direita. Bennett cruza todas as linhas vermelhas em sua busca louca pela cadeira de primeiro-ministro a todo custo”, disseram parlamentares do Likud
O Yamina negou veementemente que concordou com a promoção da cláusula de quarentena. “Não há, não houve e não haverá acordo quanto à proibição de concorrer à Knesset. Esta é uma proposta que surgiu, não houve acordo e não haverá. A única coisa que foi acertada é limitar o mandato do primeiro-ministro para oito anos ou dois mandatos”, disse o partido.
Fonte: Walla
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