Novo governo aguarda conclusão de acordos
Os acordos de coalizão entre os partidos que formam o novo governo ainda não foram concluídos, devido a disputas sobre como lidar com a Judeia e Samaria, disseram fontes do Yamina na noite de quarta-feira.
As disputas incluem quem vai supervisionar os esforços para evitar as construções palestinas na Área C, controlada por Israel, e como as estradas entre os assentamentos seriam financiadas. A líder do Partido Trabalhista, Merav Michaeli, futura ministra dos Transportes, quer que tais estradas estejam sob sua autoridade, enquanto que o ministro da Defesa, Benny Gantz, disse à Knesset na quarta-feira que as FDI, sob seu controle, devem manter autoridade exclusiva sobre as questões de construção na área da Judeia e Samaria.
A cerimônia de assinatura dos acordos deveria ocorrer na terça-feira.
“A assinatura ocorrerá quando tudo estiver finalizado”, disse uma fonte da nova coalizão. “Se for na quinta-feira, a assinatura será na quinta. Se for sexta-feira de manhã, a assinatura esperará pela manhã de sexta-feira. Tudo será apresentado de forma transparente, de acordo com a legislação”.
O Comitê de Arranjos do Knesset aprovou, por 17 a 0, na manhã de quarta-feira, os procedimentos para o voto de confiança de domingo em um novo governo que substituiria o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
O candidato a primeiro-ministro Naftali Bennett, o candidato a primeiro-ministro alternativo Yair Lapid e Netanyahu falarão na sessão especial no domingo.
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O presidente da Knesset, Yariv Levin, será substituído por Mickey Levy na mesma sessão.
Na tempestuosa reunião do Comitê, Galit Distal Atbaryan, do Likud, chamou Bennett e o líder da Nova Esperança, Gideon Sa’ar, de oportunistas e parasitas.
Mais tarde, no plenário da Knesset, o ministro do Likud, David Amsalem, disse que o novo governo consistiria em “esnobes Ashkenazi” e seria “um governo de ódio”.
Yesh Atid decidiu acabar com o Ministério de Segurança Digital e Cibernética, atualmente sob comando de Amsalem.
Os ministros do Yesh Atid serão Lapid como ministro das Relações Exteriores e primeiro-ministro suplente, Orna Barbivai como ministro da economia, Meir Cohen como ministro do bem-estar, Yoel Razvozov como ministro do turismo, Karin Elharrar como ministro da energia, Meirav Cohen como ministro da equidade social e Elazar Stern como ministro dos serviços de inteligência.
Se o comitê de seleção de 10 membros da Agência Judaica escolher Stern para substituir o presidente Isaac Herzog como presidente da agência, Yoav Segalovitz deverá ser promovido ao cargo. Segalovitz será o vice-ministro da Segurança Pública e Idan Roll o vice de Lapid no Ministério das Relações Exteriores.
Roll fala inglês perfeitamente e trabalhou com comunidades judaicas da Diáspora para a agência e Stand With Us. Roll, que se casou com o cantor pop Harel Skaat nos Estados Unidos, será o primeiro vice-ministro das Relações Exteriores assumidamente gay.
“O primeiro-ministro deve nomear um ministro das Relações Exteriores em tempo integral e reabilitar o Ministério das Relações Exteriores, cujas funções foram divididas entre seis ministérios diferentes”, disse Roll em uma entrevista recente na qual criticou o tratamento de Netanyahu com o Ministério das Relações Exteriores. “As comunidades judaicas no mundo esperam que o governo de Israel leve o antissemitismo muito a sério. ‘Nunca mais’ não é apenas um ditado: devemos traduzi-lo em ações, todos os dias e todas as horas”.
Fonte: The Jerusalem Post
Foto: Olivier Fitoussi (Flash90)
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