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Novas cláusulas podem ser “um golpe mortal nas negociações”

Israel transmitiu para a Casa Branca, no sábado, uma nova proposta para um acordo de libertação de reféns com o Hamas. Fontes citadas pela mídia israelense disseram que as últimas exigências de Netanyahu podem frustrar as negociações.

Segundo o Canal 12, a proposta exige que um mecanismo de inspeção seja implementado para garantir que os combatentes não consigam se deslocar para o norte da Faixa; prevê que Israel permaneça na fronteira entre Gaza e Egito durante a primeira fase do acordo; e insiste que Israel receba uma lista de todos os reféns vivos que o Hamas libertará como parte do acordo.

“É duvidoso que eles passem a proposta para o Hamas, dada a mudança substancial nela”, disse uma autoridade israelense da equipe de negociação.

O Walla News também citou autoridades não identificadas da equipe e do setor de segurança dizendo que é improvável que o Hamas concorde com as novas exigências e que isso pode levar a uma crise nas negociações.

Outra autoridade citada pelo Haaretz disse que a demanda por um mecanismo de inspeção para impedir o retorno de homens armados ao norte é “um golpe mortal nas negociações”.

“O sistema de segurança será capaz de lidar com os desafios de segurança sem o mecanismo”, disse a fonte, acrescentando que Netanyahu estava “arriscando, sem pensar, as vidas dos reféns”.

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A nova proposta foi apresentada no momento em que o chefe do Mossad, David Barnea, está programado para se reunir em Roma no domingo com os mediadores das negociações – o chefe da CIA, William Burns, o chefe da inteligência egípcia, Abbas Kamel, e o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman al-Thani.

Uma autoridade palestina não identificada disse ao TV Kan que a oferta israelense foi elaborada para “criar obstáculos nas negociações” e era efetivamente a maneira de Israel dizer não sem dizer não.

Segundo o jornal Al-Mayadeen, afiliado ao Hezbollah, o Hamas considera qualquer nova proposta morta antes de chegar.

Enquanto isso, Einav Zangauker, mãe do refém Matan Zanguaker e uma importante ativista pela libertação dos reféns, acusou Netanyahu no sábado de impedir o progresso em direção a um acordo com a última oferta.

“Há um acordo na mesa e Netanyahu o está assassinando”, disse ela na manifestação semanal, em Tel Aviv. “Hoje, ele transmitiu uma proposta de acordo que o establishment de segurança já alertou que levaria a uma crise nas negociações”.

As novas condições de Israel seguem três pontos dos “não negociáveis” listados por Netanyahu em uma declaração de 7 de julho: maximizar o número de reféns vivos a serem libertados, impedir o retorno de homens armados para o norte e interromper o contrabando de armas do Hamas do Egito.

O Canal 12 informou na quarta-feira que Netanyahu estava tentando garantir um compromisso assinado e escrito do presidente dos EUA, Joe Biden, de que os EUA defenderiam o direito de Israel de retomar os combates até que seus objetivos de guerra fossem alcançados, o quarto dos itens “não negociáveis” de Netanyahu.

Fonte: Revista Bras.il a partir de The Times of Israel
Fotos: Wikimedia Commons

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