Nova vacina COVID será testada em Israel
A Moderna e a Pfizer estão correndo para lançar vacinas atualizadas para combater novas variantes do coronavírus, já que as vacinas atualmente em uso foram formuladas para lidar com a cepa original do vírus.
O Sheba Medical Center anunciou que está participando, juntamente com outros hospitais de todo o mundo, da fase de testes da vacina da Moderna.
Ao anunciar o teste, a gigante farmacêutica observou que o hospital israelense foi pioneiro em pesquisas durante a pandemia.
A professora Gili Regev-Yochay, principal pesquisadora de vacinas do Hospital Sheba, cujos estudos foram acompanhados de perto em todo o mundo, disse que o Hospital considera um “dever profissional continuar a liderar a pesquisa global no campo”.
“O mundo inteiro ainda está gerenciando as ondas de coronavírus, e o desafio significativo que enfrentamos é encontrar vacinas e medicamentos que abordem as várias variantes e possibilitem uma vida segura ao lado do vírus”, disse ela.
Especialistas dizem que o teste e o lançamento de vacinas à prova de variantes serão um divisor de águas para a pandemia. O epidemiologista Michael Edelstein, da Universidade Bar Ilan, que não faz parte do estudo do Sheba, disse ao The Times of Israel que foi um passo importante.
“Isso é empolgante porque se está testando o que será uma das primeiras vacinas bivalentes, o que significa que expandirá a gama de variantes contra as quais ela defende”, disse ele.
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“Este é realmente o futuro da luta contra a pandemia. É o início de vacinas atualizadas regularmente, respondendo ao surgimento de novas variantes, e é bom que Israel esteja desempenhando um papel”, disse Edelstein.
“O componente Omicron nesta nova vacina funciona em conjunto com a formulação original da vacina que tem como alvo a cepa original. E embora o componente Omicron tenha sido feito para atingir variantes iniciais do Omicron, é provável que também tenha como alvo subvariantes bem mais recentes do Omicron, incluindo aquelas que ainda não surgiram”, disse ele.
Regev-Yochay, líder da pesquisa e diretora da Unidade de Prevenção e Controle de Infecções do Sheba, disse que os voluntários do novo estudo serão divididos em três grupos: um receberá duas doses da nova vacina; outro receberá a nova vacina seguida de um placebo; e o terceiro receberá duas doses da vacina Moderna original.
Os níveis de infecção dentro dos grupos serão estudados para avaliar a eficácia da nova vacina.
Paul Burton, diretor médico da Moderna, saudou a participação de Sheba no estudo.
“Temos o prazer de fazer parceria com o Sheba Medical Center para obter mais dados sobre a eficácia, durabilidade e segurança de nossa candidata a vacina bivalente COVID-19, mRNA-1273.214”, disse ele.
“O Sheba Medical Center foi pioneiro na pesquisa do COVID-19 durante a pandemia e agradecemos às equipes de ensaios clínicos e aos participantes do estudo por ajudar a avançar nossa compreensão do mRNA-1273.214”, completou.
Fonte: The Times of Israel
Foto: Canva
