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Nova ação é movida contra soldado na Argentina

O reservista das FDI Yuval Vagdani, que é alvo de grupos anti-Israel não está mais sendo procurado pela polícia do Brasil para interrogatório, disseram o Ministério da Diáspora e a mídia local na terça-feira, mas a ONG pró-Palestina Hind Rajab Foundation (HRF) abriu novo processo contra ele na Argentina.

O Jornal Metrópoles, do Brasil, informou na segunda-feira que a Polícia Federal brasileira entrou com um pedido na Justiça Federal para reconsiderar um mandado de prisão contra o soldado das FDI em férias no Brasil, por supostos crimes de guerra.

A PF optou por abrir um boletim de ocorrência em vez de uma investigação formal enquanto aguardava o processo judicial. A polícia argumentou que o caso exigia uma análise mais detalhada antes de uma investigação formal, e a questão gerou debate interno sobre a legitimidade de uma investigação e relevância do direito penal brasileiro.

O reservista estava visitando o Brasil quando a HRF revelou informações e processos judiciais, resultando em sua ida para a Argentina, orientado pelas autoridades israelenses.

A HRF abriu um novo processo contra o reservista na Argentina, nesta terça-feira, compartilhando um vídeo de uma demolição de infraestrutura civil em Gaza que, segundo o grupo pró-Palestina, não tinha finalidade militar.

“Esta ação reforça nosso compromisso de acabar com a impunidade e responsabilizar os perpetradores”, disse a HRF nas redes sociais. “A justiça prevalecerá, não importa onde eles se escondam”.

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Outro caso foi aberto pela HRF na quinta-feira contra um oficial que estava visitando a Argentina, alegando que ele usou escudos humanos, participou de deslocamentos forçados e praticou outros crimes de guerra.

O Ministério da Diáspora de Israel alegou que a decisão da polícia brasileira de não investigar o reservista foi em parte motivada pela pressão pública e pela exposição do apoio do fundador da HRF ao terrorismo.

“Continuaremos a expor a cara dos apoiadores terroristas e a agir contra qualquer um que tente atingir os soldados das FDI e o Estado de Israel. A verdade está conosco e ela prevalecerá”, disse o Ministro da Diáspora Amichai Chikli, nesta terça-feira.

Chikli também deu crédito ao deputado federal Eduardo Bolsonaro, que nas redes sociais destacou os alertas de Chikli de que o fundador da HRF, Diab Abou Jahja (foto maior), havia se juntado ao Hezbollah e passado por treinamento militar, além de ter apoiado vários atos de terrorismo e organizações terroristas durante sua carreira.

Abou Jahja e Chikli trocaram farpas nas redes sociais, com o fundador da HRF rejeitando as alegações de que ele fazia parte do Hezbollah, mas de um grupo menor.

“Estou honrado por sua acusação de que eu sou o Hezbollah. Eu os respeito por lutar contra suas hordas invasoras no Líbano, mas eu simplesmente não sou dessa ideologia”, disse Abou Jahjah. “Acusar-me de ser parte de sua resistência é uma honra que não reivindico. Eu fazia parte de um grupo esquerdista muito menor no Líbano quando tinha 16 anos e sim, tenho orgulho disso. Como todos que defendem sua terra natal deveriam ter”.

Abou Jahja reiterou as alegações de que uma fotografia dele armado foi tirada quando ele estava defendendo sua casa dos salafistas, e foi tirada por sua esposa. O ativista ameaçou com ação legal contra Chikli por comentários sobre seu histórico, bem como supostas ameaças de Chikli que zombou dele por usar seu pager,  uma referência a uma operação das FDI na qual pagers do Hezbollah foram detonados pelo Mossad.

“O ministro do governo israelense Amichai Chikli me ameaçou abertamente. Este é um ato flagrante de terrorismo e incitação”, disse Abou Jahjah no X na segunda-feira. “Vou entrar com uma ação judicial contra ele”.

A HRF também disse que sua advogada brasileira no caso contra o reservista, Maira Pinheiro, recebeu “sérias ameaças, incluindo ameaças a sua vida, doxxing, calúnias e até mesmo ameaças direcionadas a sua filha”.

Fonte: Revista Bras.il a partir de The Jerusalem Post
Foto: Wikimedia Commons e Midias Sociais

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