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Nova abordagem para o tratamento de Alzheimer

Cientistas israelenses da Universidade Ben Gurion do Negev propuseram uma nova abordagem para o tratamento da doença de Alzheimer, visando seus componentes metabólicos.

Vários grupos de pesquisa da Universidade têm trabalhado em soluções para abordar aspectos da função metabólica e identificar como sua disfunção se relaciona com a resposta imune, a inflamação e, por fim, a morte celular.

Uma proposta recente visa o canal de ânions dependente de voltagem-1 (VDAC1), que é o porteiro mitocondrial, controlando a atividade mitocondrial e a morte celular.

A Profª Varda Shoshan-Barmatz lidera uma equipe de pesquisa que mostrou que um aumento na quantidade de proteína VDAC1 na célula leva à morte celular e a uma resposta imune.

Embora o papel da proteína VDAC1 em doenças cardíacas, intestinais e autoimunes já fosse conhecido, a equipe descobriu que a proteína também estava presente, em grandes quantidades, no cérebro de um camundongo de teste para a doença de Alzheimer.

Apesar de a doença de Alzheimer estar ligada à disfunção mitocondrial, nenhum candidato a medicamento está atualmente focado nas mitocôndrias. A pesquisa de drogas está principalmente preocupada em combater o acúmulo de fragmentos de proteínas entre as células nervosas do cérebro, que se acredita estarem ligadas ao mal de Alzheimer.

A equipe da Universidade Ben-Gurion decidiu normalizar a atividade mitocondrial, combatendo os efeitos nocivos que ocorrem quando a proteína VDAC1 é produzida em excesso.

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Shoshan-Barmatz desenvolveu uma pequena molécula, VBIT-4, que se liga ao VDAC1 e é capaz de prevenir muitas das alterações fisiopatológicas associadas ao Alzheimer.

O VBIT-4 é capaz de atravessar a barreira hematoencefálica e foi capaz de prevenir a morte de células neuronais, neuroinflamação e disfunções neurometabólicas associadas à doença de Alzheimer.

Outro grupo de pesquisa da Ben Gurion também está trabalhando em um aspecto metabólico da doença de Alzheimer.

A Dra. Deborah Toiber está liderando pesquisas focadas em uma proteína chamada SIRT6, que ajuda a manter o funcionamento adequado das mitocôndrias. Sua ausência leva a muitas características de doenças neurodegenerativas, incluindo Alzheimer.

Nos últimos anos, pesquisadores israelenses estiveram na vanguarda de muitas descobertas recentes sobre a doença de Alzheimer e divulgaram uma variedade de estudos sobre a doença e tratamentos propostos.

A doença de Alzheimer é uma forma de demência. Ela foi descrita pela primeira vez pelos pesquisadores alemães Alois Alzheimer e Emil Kraepelin. A previsão é que o número de pessoas afetadas pela doença chegue a 135 milhões até 2050.

Fonte: All Israel News e The Times of Israel
Foto: Canva

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