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“Netanyahu não está no Cairo”, diz porta-voz

Boatos sobre a ida do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ao Cairo, para finalizar as negociações sobre os reféns e um cessar-fogo em Gaza, inundaram as grandes mídias de Israel na tarde desta terça-feira.

O fato de o depoimento do primeiro-ministro no julgamento ter sido cancelado hoje devido a “circunstâncias extraordinárias”, somado às imagens de Netanyahu embarcando em um helicóptero, levaram muito jornais a reproduzir a notícia dada pela agência Reuters de que o primeiro-ministro estava a caminho do Egito e que um acordo “poderia ser assinado em breve”.

O porta-voz do primeiro-ministro, Omer Dostri, negou os relatos de que Netanyahu estava a caminho do Cairo para negociações sobre o acordo de reféns em uma publicação no X. “Ao contrário da onda de rumores, o primeiro-ministro Netanyahu não está no Cairo”. dizia a postagem.

Também foi relatado que o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, teria sido chamado para ir ao Cairo, ao meio-dia desta quarta-feira, para participar de uma reunião de países árabes. Entre outras coisas, de acordo com o gabinete do presidente da Autoridade Palestina, o plano dos egípcios seria discutir com ele a questão do fim da guerra em Gaza e do controle da passagem de Rafah.

Hoje cedo, um funcionário do Hamas disse ao The Washington Post que a organização terrorista desistiu de sua exigência de um fim completo da guerra e uma retirada completa das FDI do Faixa de Gaza.

No entanto, observou a fonte, juntamente com outras concessões importantes nas negociações, a organização “ainda insiste que os palestinos sejam autorizados a regressar ao norte da Faixa de Gaza. No entanto, o Hamas ainda não deu “luz verde” ao acordo, mas afirmou que há algum progresso.

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De acordo com o Washington Post, o Hamas começou discretamente a suavizar as duras exigências nas negociações – revelando “uma nova vontade de compromisso após meses de impasse nas negociações”. Na sexta-feira passada, a organização terrorista teria dado a Israel, através de intermediários egípcios, os nomes dos reféns vivos, “como um gesto de boa vontade” destinado a preparar o caminho para um cessar-fogo. Não há confirmação sobre esta lista.

Ontem, o ministro da Defesa, Israel Katz, disse que o acordo está “mais próximo do que nunca”, e que a rota Netzer e a rota Filadélfia, que foram um dos principais obstáculos nas negociações, “não serão um problema”. Segundo relatos, o principal foco de Israel nas negociações agora é tentar aumentar o número de sequestrados que serão libertados no acordo, que não incluirá todos, apesar dos protestos das famílias contra um “acordo parcial”.

Segundo o jornalista Amit Segal, Netanyahu fez um “tour” pela Síria. Esteve no Monte Hermon juntamente com o Ministro da Defesa, o Chefe do Estado-Maior, o comandante do Comando Norte e o chefe do Shin Bet, para ver de perto o pico recém-tomado. O primeiro-ministro analisou o destacamento das FDI no local e estabeleceu regras para a permanência.

Um oficial palestino envolvido nas negociações de cessar-fogo disse à BBC que o acordo deverá incluir três etapas. Segundo ele, nos primeiros 45 dias serão libertados soldados e civis mantidos em cativeiro pelo Hamas, ao mesmo tempo que será realizada a retirada das forças das FDI dos centros das cidades da Faixa de Gaza, da estrada costeira e de “uma área estratégica perto do fronteira com o Egito” (aparentemente referindo-se ao eixo Filadélfia ou parte dele).

Fonte: Revista Bras.il a partir de Ynet
Foto: Ministério da Defesa. Netanyahu e comitiva no pico do Monte Hermon, no lado sírio.

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