Netanyahu explica declarações de Ben-Gvir
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não condenou as declarações feitas esta semana pelo seu ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, que disse que os direitos dele e da sua família de viajar com segurança nas estradas da Samaria e Judeia precedem os direitos dos palestinos à livre circulação.
“Infelizmente, os terroristas palestinos aproveitam esta liberdade de movimento para assassinar mulheres, crianças e famílias israelenses, emboscando em determinados pontos de diferentes estradas. Isto é o que Ben-Gvir quis dizer quando disse que o direito à vida precede a liberdade de movimento”, disse Netanyahu num comunicado que divulgou dois dias depois dos comentários do ministro, mas acrescentou que a liberdade de movimento de judeus e palestinos na área, iria ser mantida.
O ministro foi entrevistado dias depois de Batsheva Nigri, mãe de três filhos, ter sido assassinada e um homem ter sido ferido em um ataque terrorista perto de Hebron.
A repreensão internacional do que foi descrito como declarações inflamatórias e racistas continuaram, enquanto os líderes israelenses, como o Ministro da Defesa Yoav Gallant, o Ministro do Exterior Eli Cohen e o Presidente Issac Herzog, não disseram nada.
O Departamento de Estado dos EUA denunciou os comentários de Ben-Gvir
“Condenamos toda a retórica racista. Tais mensagens são particularmente prejudiciais quando amplificadas por aqueles que ocupam posições de liderança e são incongruentes com o avanço do respeito pelos direitos humanos para todos”.
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“Os valores da democracia e do respeito pelos direitos humanos são fundamentais para a parceria UE-Israel, inclusive no que diz respeito às pessoas que vivem sob ocupação no território palestiniano”, afirmou a UE num comunicado na sexta-feira.
Na quinta-feira, a modelo americana Bella Hadid, crítica vocal de Israel e defensora da causa palestina, postou um clipe dos comentários de Ben-Gvir para seus 60 milhões de seguidores.
Autoridades não identificadas disseram que Ben-Gvir causou danos incalculáveis a Israel e que deu ao BDS argumentos de suas alegações de que Israel é um estado de apartheid.
Nic Kaufman, advogado israelense que trabalha no Tribunal Penal Internacional em Haia, disse que o ministro admitiu que a política que ele pretende promover é conclusivamente a do apartheid. “De acordo com o direito internacional e o Tribunal Penal Internacional (TPI), Ben-Gvir apela a um regime sistêmico de opressão e ao poder de uma raça sobre outra nos territórios ocupados”, disse ele.
Ben-Gvir disse, na sexta-feira, que não iria pedir desculpas nem retirar seus comentários. Ele e outros membros da coligação criticaram publicamente o alto comando das FDI pelo que descreveram como um fracasso em pôr fim aos ataques terroristas na Samaria e Judeia. A Ministra das Missões Nacionas, Orit Stroke, chegou ao ponto de acusar os militares de trabalharem fora da sua autoridade, como o “Grupo Wagner”, embora tenha rapidamente retratado essa declaração.
Netanyahu demorou em apoiar o Chefe do Estado-Maior fas FDI Herzi Halevi ou os seus comandantes, esperando dias antes de divulgar uma declaração em seu nome e do seu Ministro da Defesa, na qual dizia que as FDI e o Shin Bet estavam trabalhando para impedir ataques terroristas.
Fonte: Revista Bras.il a partir de Ynet
Foto: Wikimedia Commons
Bando de canalhas falsos moralistas condenam quem quer acabar com o terrorismo ao invés de condenar os terroristas que não merecem direito de ir e vir no país que eles tentam destruir!
Concordo plenamente Emilia!!!
Podem dizer o que quiser, sei que o governo do Bibi não é dos melhores, mas apoio tudo o que ele tem feito e já fez. Sei que é para garantir a segurança e colocar um pouco de ordem em Israel.
Gosto do Bibi como pessoa e como político mas não apoio a ala ultra ortodoxa que infelizmente ele teve que se aliar para conseguir governar, mas foi o único caminho que ele teve, paciencia, isto faz parte da política. Portanto ele terá em mim um apoiador.