Netanyahu apresenta condições para o dia seguinte à guerra

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu publicou, nesta segunda-feira, um artigo no jornal americano The Wall Street Journal no qual expôs as condições de Israel para o dia seguinte à guerra atual: a desmilitarização da Faixa de Gaza, a destruição do Hamas e a desradicalização da população árabe palestina.

Entre outras coisas, Netanyahu escreveu que Israel deve garantir que Gaza não será novamente usada como base para ações ofensivas contra Israel, como foi usado no ataque surpresa em Simchá Torá, no qual 1.200 pessoas foram massacradas e 240 feitas reféns. Segundo ele, é irrealista esperar isto da Autoridade Palestina, uma vez que a AP paga salários a terroristas e se envolve em constante incitamento à violência contra o povo judeu.

“Entre outras coisas, isto exigirá o estabelecimento de uma zona de segurança temporária no perímetro de Gaza e um mecanismo de inspeção na fronteira entre Gaza e o Egito que atenda às necessidades de segurança de Israel e evite o contrabando de armas para o território”, disse Netanyahu.

Ele afirmou ainda que o combate ao extremismo em Gaza exigirá uma liderança corajosa do tipo não visto na AP, observando que “o líder da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, não consegue nem condenar as atrocidades de 7 de outubro”.

Netanyahu referiu-se aos Acordos de Abraham, os acordos de paz que Israel assinou com os Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Marrocos e Sudão em 2020, e às transformações da Alemanha e do Japão após a Segunda Guerra Mundial, como exemplos bem-sucedidos de como as nações e as populações foram desradicalizadas como Gaza deve ser.

“Quando o Hamas for destruído, Gaza for desmilitarizada e a sociedade palestina iniciar um processo de desradicalização, Gaza poderá ser reconstruída e as perspectivas de uma paz mais ampla no Médio Oriente tornar-se-ão uma realidade”, concluiu Netanyahu.

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Israel tem estado sob pressão internacional desde que iniciou a sua retaliação pelo massacre de 7 de outubro, para pôr fim à guerra e concordar com um cessar-fogo que deixaria o Hamas no poder em Gaza e livre para cometer massacres semelhantes no futuro, como os seus líderes prometeram fazer várias vezes.

Israel também tem enfrentado pressão dos líderes ocidentais para permitir que a Autoridade Palestina tome o lugar do Hamas no governo de Gaza, apesar do antissemitismo da AP, do apoio ao terrorismo, da recusa em condenar as atrocidades de 7 de outubro e do incitamento antissemita.

Fonte: Israel National News
Foto: GPO