Netanyahu apresenta agenda de governo
O novo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu anunciou a agenda de seu novo governo, um dia antes de seus membros fazerem seus juramentos de posse, com foco na expansão das comunidades na região da Samaria e Judeia e em leis que restringirão o poder dos tribunais.
A agenda, a primeira comunicação oficial do futuro governo ao público sobre suas prioridades e intenções, reflete os objetivos da coalizão liderada pelo Likud com partidos de extrema-direita e ultraortodoxos.
“O povo judeu tem direito exclusivo e inalienável a todas as partes da Terra de Israel. O governo promoverá e desenvolverá assentamentos em todas as partes da Terra de Israel – na Galileia, Negev, Golã, Judeia e Samaria”, diz a agenda.
A agenda aponta várias prioridades no campo da lei e da ordem.
“O governo tomará medidas para garantir a governança e restaurar o equilíbrio adequado entre o legislativo, o executivo e o judiciário”, diz em referência a uma “lei de substituição” que permitirá à Knesset legislar projetos de lei derrubados pela Suprema Corte. como antidemocráticos, ao lado de planos para dar aos políticos mais controle sobre a seleção de juízes.
Também se refere às demandas dos partidos de extrema-direita para dar às forças de segurança maior margem de manobra no uso de força letal contra terroristas palestinos.
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“O governo vai trabalhar para fortalecer as forças de segurança e dar respaldo aos combatentes e policiais para combater e derrotar o terrorismo”, diz.
Em meio a temores de que o novo governo avance na imposição de leis religiosas, a agenda, no entanto, se compromete a manter o chamado status quo.
“O governo preservará o caráter judaico do estado e a herança de Israel, bem como respeitará as religiões e tradições dos adeptos das religiões do país, de acordo com os valores da Declaração de Independência”, diz.
“O status quo em questões de religião e estado será mantido como há décadas em Israel, inclusive no que diz respeito aos lugares sagrados”, acrescenta.
Também fazem parte da lista um compromisso com a educação, a redução do custo de vida, o enfrentamento da crise imobiliária e a continuação da “luta contra o programa nuclear do Irã”.
Fonte: The Times of Israel
Foto: Wikimedia Commons
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