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Netanyahu acusa negociadores de vazar informações falsas

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu teria repreendido membros da equipe israelense de negociação de reféns, no início da reunião do gabinete de guerra de domingo, acusando-os de vazar informações falsas e dizendo-lhes que renunciassem se não estivessem dispostos a aceitar as decisões do governo.

Os nomes dos membros da equipe que foram repreendidos não foram divulgados.

Em citações quase idênticas veiculadas pelo Canal 12 e pela TV Kan, Netanyahu teria dito na reunião, “as informações falsas da equipe de negociação prejudicam os esforços para trazer os reféns de volta. Eles espalharam o desespero entre as famílias dos reféns. Eles levaram o Hamas a endurecer as suas posições. E eles são falsos”.

Falando três dias depois de um programa investigativo do Canal 12 ter transmitido críticas anônimas de dois membros da equipe de negociação ao primeiro-ministro, Netanyahu teria acrescentado que, “se houver alguém na equipe de negociação que não esteja preparado para aceitar as decisões do escalão político, e quer gerar manchetes falsas e anônimas para fins políticos, eles deveriam mostrar alguma decência e não estar aqui”.

A equipe de negociação realizou diversas viagens a Paris, Cairo e Doha, num esforço até agora infrutífero para garantir a libertação dos 133 reféns ainda detidos em Gaza, nem todos vivos.

Os negociadores não conseguiram repetir o sucesso de seus esforços de novembro, quando chegaram a um acordo de cessar-fogo de uma semana que resultou na libertação de 105 reféns, em troca da libertação de cerca de 240 prisioneiros de segurança palestinos.

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Na quinta-feira, o programa investigativo Uvda Fact, do Canal 12, exibiu entrevistas com dois membros não identificados da equipe de negociação, que alegaram que o primeiro-ministro parecia indiferente ao destino dos reféns e minou os esforços para garantir sua libertação por meio de um acordo com o Hamas.

“Não posso dizer que sem Netanyahu teria havido um acordo, mas posso dizer que sem Netanyahu as chances de se chegar a um acordo seriam melhores”, disse um dos dois negociadores.

De acordo com a reportagem da TV Kan, Netanyahu também acusou anteriormente o ministro da Defesa, Yoav Gallant, de vazar material de reuniões nas quais apenas o primeiro-ministro, Gallant, o chefe do Mossad David Barnea e o chefe do Shin Bet Ronen Bar estiveram presentes.

“Tudo vaza”, teria dito Netanyahu no final de uma recente reunião de gabinete. “Eu sei que não é o chefe do Mossad ou o chefe do Shin Bet, então quem mais pode ser?”

Gallant teria participado dessa reunião por telefone, mas acredita-se que ele tenha desligado quando Netanyahu expôs suas queixas. A reportagem não deixou claro se Gallant realmente desligou o telefone.

Uma reportagem relacionada e sem fontes do Canal 12 disse que Israel está preocupado com a perspectiva de os líderes do Hamas deixarem o Catar, que enfrenta pressão crescente dos legisladores dos EUA sobre a sua relação com o Hamas, em meio às negociações indiretas que Doha está mediando entre o grupo terrorista e Israel.

De acordo com o Canal 12, Israel acredita que a presença do Hamas em Doha dá ao Catar uma vantagem potencial sobre o grupo terrorista.

Os líderes do Hamas estariam pensando em se mudar para a Argélia ou Turquia.

Dos 129 reféns que se acredita estarem detidos em Gaza desde 7 de outubro, as FDI confirmaram a morte de 34, citando informações obtidas pelas tropas que operam em Gaza.

O Hamas também mantém os corpos dos soldados das FDI caídos, Oron Shaul e Hadar Goldin, desde 2014, bem como de dois civis israelenses, Avera Mengistu e Hisham al-Sayed, que se acredita estarem vivos depois de entrarem na Faixa por vontade própria em 2014 e 2015 respectivamente.

Fonte: Revista Bras.il a partir de The Times of Israel
Foto: Kobi Gideon (GPO)

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