Motoristas de ônibus fazem greve na quinta-feira
Os motoristas de ônibus das empresas Egged Ta’avura, Superbus e Dan South farão greve entre 13h e 17h, na quinta-feira, em protesto contra seus salários e condições de trabalho, anunciou a Koach LaOvdim – Organização Democrática dos Trabalhadores na segunda-feira.
A paralisação planejada afetará usuários de transporte público em Netanya, Afula, Ashkelon e áreas próximas a Jerusalém, entre uma série de outras regiões do país.
A greve acontece duas semanas depois que o sindicato de motoristas de ônibus anunciou uma disputa trabalhista sobre seus salários, que atualmente estão em cerca de NIS 43 por hora. O sistema de ônibus público está sofrendo com a escassez de cerca de 4.000 motoristas.
Em um post no Facebook, na segunda-feira, os sindicatos dos motoristas de ônibus afirmaram que as empresas de ônibus alegaram que não tinham dinheiro para aumentar os salários e que a ministra dos Transportes, Meirav Michaeli, alegou que ela também não poderia aumentar seus salários. “A mensagem é clara: se ficarmos quietos, eles não se importam com a gente”, disse o sindicato. “Não há outra escolha, estamos nos preparando para atacar”.
“Nossa luta pelo salário dos motoristas é também uma luta pelo futuro do transporte público, tanto para o benefício dos passageiros quanto do público em geral, porque sem salário não há motoristas e sem motoristas não há transporte público”, acrescentou o sindicato.
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Os motoristas de ônibus têm sido vítimas de uma série de agressões violentas, principalmente desde o início do surto do coronavírus, e exigiram ser reconhecidos como funcionários públicos para receberem mais proteção.
Os motoristas de ônibus também costumam ter seu tempo de serviço redefinido a cada poucos anos, já que as linhas de ônibus muitas vezes trocam de mãos entre as empresas e a antiguidade é redefinida toda vez que isso acontece.
Os funcionários públicos recebem salário mensal em vez de por hora de trabalho, não perdem o tempo de serviço com a mesma frequência que os motoristas de ônibus e são protegidos por lei: aqueles que atacam os funcionários públicos podem ser punidos com até cinco anos de prisão.
Os sindicatos dos motoristas de ônibus se reuniram com Michaeli no domingo, mas a ministra dos Transportes ofereceu apenas NIS 250 milhões para o treinamento de novos motoristas. Os sindicatos manifestaram indignação com a falta de ação quanto às condições de trabalho dos motoristas, questionando como os fundos de formação ajudariam a quem gostaria de “trabalhar 12 horas por dia, sofrer espancamentos sem resposta do Estado, sem perspectivas, porque a antiguidade é reajustada a cada licitação e chega a 270-280 horas de trabalho por mês só para sobreviver”.
Os motoristas fizeram uma série de protestos nas últimas semanas a respeito de suas condições de trabalho, mas sem muita ação por parte das empresas de ônibus ou do governo.
Motoristas de outras empresas de ônibus não anunciaram intenção de aderir à greve.
Fonte: The Jerusalem Post
Foto: Danbus43Maalit72, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons