Mossad investiga desaparecimento de rabino nos EAU
Horas após o Mossad anunciar que um emissário do Chabad, Rabino Zvi Kogan, estava desaparecido desde quinta-feira, no que descreveu como um ataque terrorista, o Ministério do Interior dos Emirados Árabes Unidos emitiu uma declaração oficial, sem mencionar a identidade israelense de Kogan.
No comunicado, o ministério confirmou que a família informou “que ele está desaparecido e fora de contato desde a última quinta-feira” e que “as autoridades especializadas iniciaram imediatamente as operações de busca e investigação ao receber a denúncia”.
A declaração se referiu a Kogan como um “cidadão moldavo”. O ministério pediu ao público que confiasse apenas em fontes oficiais para atualizações e “evitasse dar ouvidos a rumores maliciosos ou notícias enganosas que visassem causar confusão”.
Kogan serviu na Brigada Givati das FDI. Ele é um assessor próximo do rabino Levi Duchman, o rabino-chefe da comunidade judaica nos Emirados Árabes Unidos e administra o supermercado casher Rimon em Dubai.
Uma investigação preliminar sobre seu desaparecimento sugere que três agentes uzbeques o seguiram depois que ele saiu do supermercado em direção a Al-Ain, a aproximadamente 90 minutos de Dubai, onde foram encontrados seu carro abandonado e seu telefone desligado.
Segundo suspeitas, ele provavelmente foi sequestrado e assassinado pela célula terrorista uzbeque, que teria sido comandada pelo Irã.
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Esses agentes fugiram para a Turquia. Agências de inteligência israelenses coordenam com autoridades turcas para buscar pistas. O uso de terroristas xiitas uzbeques pelos iranianos é comum, e eles também operaram em Dubai.
Segundo o Israel Hayom, na manhã deste domingo, foi noticiado nos Emirados que um corpo suspeito foi encontrado e sua ligação com o caso estava sendo investigada.
Kogan se casou há seis meses com uma sobrinha do rabino Gavriel Holtzberg, o emissário Chabad morto nos ataques terroristas de Mumbai, na Índia, em 2008.
Sua família relatou que o último contato com ele foi na quarta-feira, levando sua esposa a alertar o oficial de segurança do Chabad. De acordo com o Mossad, ele foi visto pela última vez em Dubai na tarde de quinta-feira.
Um colega israelense que mora em Abu Dhabi e que conhecia Kogan o descreveu como “um homem gentil que era muito ativo na comunidade. Sua família está devastada, e as comunidades israelense e judaica estão em choque. Kogan era um assessor do rabino-chefe do Chabad nos Emirados Árabes Unidos e também fundou e administrou o supermercado casher da comunidade”.
Os Emirados Árabes Unidos reconheceram Israel diplomaticamente em 2020. Desde então, israelenses vão aos Emirados para montar negócios e tirar férias. As companhias aéreas dos Emirados têm sido um elo fundamental de Israel com o resto do mundo, já que outras transportadoras pararam de voar para Tel Aviv em meio às guerras.
Os Emirados Árabes Unidos também têm uma comunidade judaica crescente, com sinagogas e empresas que atendem a clientes casher.
Fonte: Revista Bras.il a partir de Ynet, Israel National News e AP
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