Morre Joseph Safra, banqueiro e filantropo judeu
Por David S. Moran
Com grande pesar, correu pelo mundo a notícia do falecimento do grande banqueiro e dono do quarto maior banco do Brasil, o Sr. Joseph Safra, aos 82 anos.
O Sr. José era filho de Jacob Safra, fundador em Alepo, na Síria, do que seria um dos maiores grupos bancários do Brasil e do mundo, o Banco Safra. O Sr. Joseph Safra nasceu em 1932, em Beirute. Na década dos anos 50’ do século passado, o banqueiro Jacob Safra resolveu mudar do Líbano para o Brasil com a família de nove irmãos. Joseph Safra terminou os estudos na Inglaterra e chegou a São Paulo, em 1963.
Na Capital paulista, junto com seus irmãos, Edmond e Moise, já falecidos, continuaram os negócios bancários que o pai fundou , firmando e engrandecendo o Banco Safra.
No banco, Joseph seguiu os conselhos do pai Jacob e adotou uma linha conservadora e cautelosa, mas também desenvolvendo novas áreas comerciais e industriais. Do Brasil, o Banco também cresceu e tem presença em 25 países ao redor do mundo.
O Sr. Joseph Safra era conhecido por ser além de visionário no ramo bancário, um grande filantropo e colecionador de obras de arte. Fez doações a hospitais, sinagogas, museus e a comunidade geral e a comunidade judaica e particular.
Joseph Safra casou-se com a Sra. Vicky da família Sarfaty, em 1969 e teve quatro filhos: Jacob, Esther, Alberto e David. Deixou 14 netos.
Sem dúvida, o senhor Joseph Safra deixa uma grande lacuna no mundo financeiro brasileiro. Basta ver o que dizem e a grande admiração que têm os líderes bancários, dos maiores bancos nacionais e donos de indústrias que o conheceram. O mundo judaico perdeu com o falecimento do “Sr. José”, uma pessoa que tratava a todos com humildade e teve grande respeito da comunidade judaica. Era também conhecido por suas doações a entidades da comunidade no Brasil e no mundo.
Joseph Safra Z”L faleceu na véspera da comemoração de Chanuká, que é a festa das Luzes, da iluminação. Assim será Jospeh Safra lembrado, como um homem que ajudou a iluminar um pouco, este mundo. Transmito os meus pêsames aos familiares e a Congregação e Beneficência Sefardi de São Paulo. Yehi Zichro Baruch.
David S. Moran, de Israel. Entre o inicio de 1978 até 1980 fui sheliach para o Movimento Juvenil Netzah Israel, que na época estava no edifício, junto a Sinagoga Beith Yaakov, fundada pela Família Safra.
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