Monitoramento de quarentena via app de celular
Israel aprovou, hoje, o monitoramento daqueles que são obrigados a ficar em quarentena por meio de um aplicativo em seus smartphones.
De acordo com a proposta dos ministérios da saúde e da segurança interna, qualquer pessoa que retorne do exterior e seja obrigada a se isolar precisará usar o aplicativo para enviar uma atualização única às autoridades sobre sua localização, após o que o estado irá monitorá-los. O estado fez uso deste aplicativo durante os surtos de Covid anteriores.
Quem preferir não enviar endereço e localização pelo aplicativo terá sua localização verificada pela polícia.
Outra proposta era que o passageiro auto-isolado enviasse uma selfie com uma carteira de identidade, com o qual o governo verificaria sua localização.
Atualmente, os que chegam devem apresentar o endereço onde ficarão em quarentena quando da sua chegada a Israel.
Israel teve um aumento nos casos graves de coronavírus, no fim de semana, para o maior número em três meses, um aumento que os profissionais do Ministério da Saúde dizem ser preocupante.
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Os números divulgados pelo Ministério da Saúde na manhã deste domingo mostram que o número de pacientes com coronavírus em estado grave chegou a 97. Há 22 pacientes em estado crítico e 17 pacientes em ventiladores.
Israel registrou 966 novos casos de COVID no sábado, o que o coordenador das ações do coronavírus Nachman Ash disse, no domingo, que é um número alto para o sábado. “Em comparação, o sábado passado teve 430, portanto, a tendência de aumento da infecção continua”, disse Ash em uma entrevista à Rádio do Exército.
A Dra. Sharon Alroy-Preis, chefe dos serviços de saúde pública do Ministério da Saúde, disse em uma entrevista à rádio Kan na manhã de domingo que, graças à alta taxa de vacinação de Israel, há uma grande diferença entre novos casos de coronavírus e casos graves no país. Apesar disso, disse ela, o número de casos graves se multiplicou por quatro.
“O número de pacientes gravemente enfermos aumentará se não tomarmos medidas para reduzir a taxa de infecção. Vemos um aumento no número de diagnósticos a cada dia, e também há um aumento na porcentagem de exames positivos”, afirmou ela. Apesar disso, ela acrescentou: “Estamos em um lugar diferente agora do que estávamos em março de 2020, graças às vacinas”.
Ash disse que embora as vacinas tenham impedido o número de casos graves de aumentar tão rapidamente, “o índice de doentes graves é significativo. Já estamos perto de 100 pacientes gravemente enfermos, e esses são certamente números que estão começando a nos preocupar”.
Ash disse que se esse número chegar às centenas, “digamos que seja cerca de 400, será muito, muito preocupante”. “Certamente representará uma linha vermelha para medidas adicionais que devemos tomar a fim de parar a infecção. Eu realmente espero que não cheguemos até lá”.
Alroy-Preis pediu aos cidadãos que fossem vacinados. “É difícil para mim acreditar que haja mais de um milhão de pessoas que são ideologicamente contra as vacinas”, disse ela.
Na semana passada, o governo restabeleceu os passaportes de vacinas para eventos de mais de 100 pessoas em locais fechados. Quando questionado se esses novos requisitos seriam suficientes, Ash disse que espera que isso reduza a taxa de infecção, mas que a situação precisa ser monitorada para ver se medidas adicionais devem ser tomadas.
Tanto Ash quanto Alroy-Preis disseram que pode haver necessidade de uma terceira dose da vacina contra o coronavírus, e que o ministério está estudando isso. A Rádio do Exército perguntou se Israel daria às pessoas com mais de 60 anos uma dose de reforço da vacina antes que ela fosse aprovada pelo FDA. Ash respondeu que, como o primeiro país do mundo a ser vacinado, se eles descobrirem que as vacinas diminuem em eficácia, “se houver uma situação específica em que a taxa de infecção aumente, não podemos esperar pela aprovação do FDA. Teremos de tomar uma decisão com base nos dados de que dispomos”.
Fonte: Haaretz
Foto: Markus Winkler (Pixabay)
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