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Ministro da Economia quer baixar preço da Coca-Cola

Enquanto o custo de vida em Israel dispara, com todos os preços, desde a habitação até o leite, subindo, e os salários estagnados, o ministro da Economia está de olho em uma empresa específica que ele afirma estar roubando o consumidor israelense: a Coca- Cola.

Nir Barkat ameaça colocar alguns dos produtos comercializados pela franquia israelense sob controle do Estado.

Segundo ele, os preços praticados pela marca, que detém o monopólio das bebidas açucaradas em Israel, são excessivos e pede explicações.

O Ministério comparou os preços da Coca-Cola em Israel e no resto do mundo, incluindo a Autoridade Palestina e revelou que os preços em Israel estão entre os mais caros do mundo.

Barkat pediu à empresa que forneça ao governo uma série de documentos contábeis para entender por que os preços praticados em Israel são tão altos. Sendo a empresa privada, as suas contas não são publicadas.

O Ministério da Economia, no entanto, tem autoridade nos termos da lei para solicitar que esses documentos sejam apresentados a ele.

Seu gabinete enviou uma carta aberta a Nir Levinger, CEO da Coke Israel, exigindo maior transparência sobre como seus preços são determinados no país.

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Yonatan Bezalel, economista sênior do Ministério da Economia, informou à Coke Israel que o governo israelense pretende “supervisionar” o produto, o que significa que estabelecerá um preço máximo para a Coca-Cola e proibirá a empresa de vender as bebidas acima desse valor. Isso significaria que o governo basicamente subsidia o produto para os consumidores, garantindo que ele permaneça acessível.

Existe apenas uma empresa que atua como distribuidora autorizada da Coca-Cola em Israel, que funciona como a filial israelense da empresa global e, portanto, detém o monopólio sobre os preços do refrigerante, escreveu Bezalel na carta, de acordo com reportagem da Ynet.

Usuários israelenses do Twitter elogiaram a decisão de Barkat, chamando-o de “a pessoa certa no lugar certo” e desejando-lhe boa sorte.

Mas o esforço de  Barkat para estabilizar os preços do refrigerante não foi abraçado por todos.

Rachel Gor, advogada e diretora do grupo de defesa pública Lobby 99, disse à Ynet, “admito que a primeira coisa que passou pela minha cabeça foi que talvez ele estivesse confuso, ou que isso era uma piada. Mas, aparentemente, não. Há apenas algumas semanas, tínhamos um imposto sobre bebidas açucaradas para reduzir os custos do sistema público de saúde decorrentes do diabetes e outras doenças causadas pelo consumo excessivo de açúcar e, agora, temos um governo que está propondo subsidiar a Coca-Cola como um bem de consumo básico”.

Fonte: World Israel News
Foto: Canva

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