Ministro da Defesa pede suspensão da reforma
O ministro da Defesa, Yoav Gallant, foi à TV neste sábado à noite e fez um apelo dramático ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, pedindo que suspendesse a reforma judicial, alertando que a divisão no país causou “perigo imediato e tangível” à segurança de Israel.
Gallant enfatizou que apoia as mudanças no judiciário, mas que deveriam acontecer por meio do diálogo.
Em seu discurso, Gallant disse que “os eventos que estão ocorrendo estão criando nas FDI sentimentos de raiva, dor e decepção, em um nível que nunca encontrei antes”.
“Sou uma pessoa de direita, um membro do Likud que acredita em seus princípios e está comprometido com seus valores que colocam o estado acima de tudo”, disse Gallant.
“O processo legislativo deve ser interrompido por algumas semanas, para permitir que o povo celebre o Pessach e o Dia da Independência , e possa chorar juntos nos dias de lembrança”, continuou Gallant.
“Não devemos prejudicar nossa unidade. Não deve haver dúvidas no coração das mães, que enviarão seus filhos e filhas para servir nas FDI”, continuou Gallant. “A vitória de um único lado, seja nos corredores da Knesset ou nas ruas de nossas cidades, levará a uma derrota para o Estado de Israel”.
“A segurança do Estado de Israel é a missão da minha vida”, disse Gallant, um general da reserva que já foi indicado para chefe do Estado-Maior das Forças Armadas. “Vestido com o uniforme das FDI, arrisquei minha vida dezenas de vezes pelo Estado de Israel e, neste momento, pelo bem de nosso país, estou disposto a correr qualquer risco e pagar qualquer preço”.
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Gallant recebeu apoio público de dois outros políticos do Likud, Yuli Edelstein e David Bitan, enquanto outros no partido o condenaram. O líder do partido da coalizão Otzma Yehudit, o ministro da Segurança, Itamar Ben Gvir, exigiu que ele fosse demitido.
O ministro das Comunicações, Shlomo Karhi, expressou decepção por “nosso ministro da Defesa ter cedido à pressão da esquerda”. Ele acrescentou que “não vamos anular o voto do povo para satisfazer a elite e a mídia”.
Edelstein, que preside o Comitê de Relações Exteriores e Defesa da Knesset, agradeceu a Gallant por “se juntar ao caminho que venho liderando há semanas”.
“A maioria das pessoas quer e entende a necessidade de mudanças no judiciário, mas isso deve ser feito com paciência, diálogo e negociações amplas para chegar a um amplo consenso”, afirmou em nota.
O líder da oposição, Yair Lapid, elogiou o “passo corajoso e crítico” de Gallant. “O golpe prejudica seriamente a segurança nacional e é seu papel e responsabilidade impedir a escalada perigosa”, disse Lapid. “Parem tudo, não aprovem a mudança na comissão de nomeação de juízes e a lei Deri esta semana e venham conversar na residência do presidente”, acrescentou.
Na conversa que teve com Netanyahu na quinta-feira, Gallant deixou claro que se não houver mudança real nos próximos dias, ele se oporá à lei.
Na conversa, Gallant apresentou a Netanyahu dados alarmantes sobre a crise interna nas FDI e enfatizou a necessidade vital de interromper a legislação.
O ministro da Justiça, Yariv Levin, disse, em resposta ao apelo de Gallant , que “ao contrário do ministro da Defesa, ele respeitará o primeiro-ministro e aguardará uma resposta quando Netanyahu retornar a Israel”.
Fontes: N12 e The Times of Israel
Foto: Captura de tela (Canal 13)
Essa revista está omitindo as manifestações a favor da reforma judicial que ocorreram ontem a noite em Israel. Por que?
Quanto ao Gallant, ele é um cínico esquerdista que já expulsou judeus da área C totalmente administrada por Israel! Vai para casa Gallant! Que se demita logo!
Bom dia ! Eu gostaria de entender melhor essa questão da reforma, existe algum link onde eu possa me inteirar ?
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