Ministra anuncia reforma dos transportes
A ministra dos Transportes, Miri Regev, anunciou que o governo não vai interferir nas linhas de Shabat operadas pelas autoridades locais, em comunicado que apresentou uma nova reforma no transporte público.
Durante a apresentação, Regev atacou sua antecessora, Merav Michaeli, e abriu uma frente contra o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, pois fontes próximas a ele disseram que ela não coordenou a reforma com ele.
“O ministério continuará mantendo o status quo em relação ao transporte público no Shabat. Existem outras soluções para isso, como as linhas de Shabat dos municípios. O ministério não interferiu com eles até hoje e não vai começar agora”, disse Regev.
A reforma apresentada pela ministra inclui redução de tarifas para moradores da periferia, jovens e idosos. Os descontos ainda não foram orçados, e não começarão antes da aprovação do Orçamento do Estado. Segundo ela, o programa implementado por Michaeli prejudicou a periferia.
Segundo Regev, o custo previsto do novo programa é de NIS 740 milhões, mas cobre a maior parte dos passageiros do transporte público, mas ter um custo final maior.
Além disso, Regev está demandando mais NIS 1,25 bilhão para melhorar os salários dos motoristas, aumentar o número de viagens e rotas e operar um transporte marítimo.
“Não é segredo que fui contra a reforma da minha antecessora, desde o primeiro dia”, disse Regev. “Vou garantir que o transporte público esteja disponível para todos os cidadãos de Israel. Michael Biton, que fazia parte da coalizão anterior, também se opôs à reforma, que substancialmente aumenta o custo das viagens dos cidadãos”.
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“Os engarrafamentos custam à economia NIS 35 bilhões. A poluição do ar custa NIS 7 bilhões. Garantiremos que os cidadãos possam viajar em transporte público disponível e barato, que não haverá casos em que um ônibus cheio passe e não pare para um cidadão, ou que não passe nenhum ônibus. Digo aos funcionários da Fazenda: quem quer incentivar o transporte público tem que colocar dinheiro nisso”.
Regev chamou a reforma de “justiça no transporte” e disse que “os jovens não vão dirigir o carro dos pais ou o próprio carro. Assim que os acostumarmos, faremos com que continuem a usar o transporte público”.
A reforma inclui outras inovações: viagem gratuita para idosos a partir de 62 anos para mulheres e 67 para homens (ao invés dos 75 de hoje). Os portadores de deficiência e os beneficiários do seguro social também terão desconto de 50% no passe mensal, não apenas no valor acumulado.
Além disso, os locais classificados de 1 a 5 pelo Bureau de Estatística receberão um desconto de 50%. A lista inclui Jerusalém, Beer Sheva, Ashdod, Lod, Ramla, Bnei Brak, Bat Yam, Modi’in Illit e Beitar Illit.
Após a apresentação da reforma de Regev, fontes próximas ao ministro das Finanças disseram que ela não foi coordenada com o Ministério e que até o momento não tem fonte orçamentária.
Segundo eles, “neste período de preparação para a apresentação do Orçamento do Estado à aprovação do governo, decorrem discussões orçamentais entre o Ministério das Finanças e todos os demais ministérios, com o objetivo de responder, tanto quanto possível, aos desejos dos ministros e permitir-lhes implementar as suas políticas, mantendo os enquadramentos orçamentais e a responsabilidade fiscal que sempre nos é exigido, e em particular neste período econômico desafiador, ao mesmo tempo que estabelecem as prioridades nacionais”.
O sindicato dos motoristas de ônibus parabenizou Regev pela “reforma que ela está promovendo. Este é o primeiro passo no caminho para a criação de transporte público barato, confiável e eficiente. Este passo, junto com a melhoria do status do motorista, aumentará o uso do transporte público e ajudará a diminuir os congestionamentos. Continuaremos trabalhando para viabilizar viagens gratuitas também para os motoristas”.
Fonte: The Jerusalem Post
Foto: Revista Bras.il
