Ministério da Educação quer aumentar orçamento ortodoxo
O recém-nomeado ministro da Educação, Yoav Kisch, disse que aumentar os orçamentos das instituições educacionais ultraortodoxas era sua “principal tarefa”, durante uma audiência na terça-feira, na qual 170 prefeitos israelenses e chefes de autoridades locais expressaram sua oposição aos aumentos orçamentários para instituições educacionais informais no setor ultraortodoxo.
Kisch, do Likud, ingressou na Knesset em 2015, tornou-se Ministro da Educação e Ministro da Cooperação Regional em dezembro de 2022. Ele se manifestou contra o que chamou de sistema educacional injusto. “Existem lacunas no financiamento que os prefeitos terão que cobrir. Esta questão chegará a este comitê e teremos que encontrar uma solução para isso”.
“Pode haver outras tarefas importantes, mas esta é uma das tarefas centrais mais significativas no orçamento atual”, declarou Kisch.
“A educação ortodoxa não é educação privada. Quero que cheguemos a um acordo, em todas as questões, não quero que eu esteja de um lado e vocês do outro”, declarou o líder do UTJ, Moshe Gafni, sobre o novo financiamento proposto.
Parlamentares israelenses, muitos dos quais se opõem a ala religiosa do novo governo de coalizão de Israel, protestaram contra os comentários de Kisch.
Algumas autoridades locais “já não conseguem se sustentar, e isso vai subtrair de seus orçamentos”, disse Haim Bibas, prefeito de Modi’in, que se opôs publicamente ao novo financiamento.
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“Se não fizermos essa igualdade educacional de forma ampla, vamos infligir danos pelos quais teremos que arcar com a responsabilidade”, disse Bibas ao explicar que as instituições educacionais árabes independentes seriam deixadas de lado e negligenciadas se a nova regra passar.
O ex-ministro das Finanças, Avigdor Liberman, também contestou a nova medida de financiamento proposta. “Oportunidades iguais para todas as crianças significa, antes de mais nada, um currículo básico. Isso é aprender matemática, inglês e computadores. De onde virá o dinheiro?” disse Liberman.
“Aqueles que impedem a igualdade de oportunidades são as mesmas pessoas que os colocam em sistemas educacionais onde não há currículo básico”, declarou Liberman.
Fonte: The Jerusalem Post
Foto: Wikimedia Commons
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