Milhares protestam enquanto coalizão vota reforma
Dezenas de milhares de israelenses hasteando bandeiras, buzinas e gritando “democracia” e “não à ditadura” protestaram em frente à Knesset, nesta segunda-feira, quando o governo de Netanyahu lançava formalmente o plano de reforma do sistema legal do país.
As mudanças propostas resultaram em semanas de grandes manifestações, provocaram protestos de líderes empresariais influentes e ex-militares e até provocaram uma declaração de preocupação do presidente americano, Joe Biden.
Apesar de um apelo do presidente de Israel para suspender o processo legislativo, a coalizão de Netanyahu aprovou uma série de mudanças durante uma tempestuosa reunião do comitê.
A votação agora vai para o plenário do parlamento para uma série de votações, que deve se estender por semanas.
Netanyahu e seus apoiadores dizem que as mudanças propostas são necessárias para controlar um judiciário que exerce muito poder.
Mas seus críticos dizem que a reforma judicial equivale a um golpe e destruirá a democracia israelense. Eles também dizem que Netanyahu, que está sendo julgado por uma série de acusações de corrupção, tem um conflito de interesses na questão.
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Os manifestantes vieram de todo o país. Milhares de pessoas chegaram a Jerusalém em trens lotados, subindo as escadas rolantes na principal estação de trem da cidade cantando “democracia”, aplaudindo e assobiando, e agitando a bandeira nacional.
Algumas centenas de pessoas se reuniram em protesto no Muro das Lamentações, o local mais sagrado para o povo judeu, antes de marchar em direção à Knesset.
Após o protesto, os manifestantes se dirigiram de volta para a estação de trem Yitzchak Navon. Devido ao grande movimento, a Israel Railways aumentou a quantidade de trens chegando e partindo da estação.
Eliad Shraga, presidente do Movimento para o Governo de Qualidade, um grupo da sociedade civil que organizou a manifestação de hoje, disse que o objetivo era enviar uma mensagem de apoio à Suprema Corte e um alerta à Knesset.
“Vamos lutar até o fim”, disse. “Eles querem mudar Israel de uma democracia liberal para uma ditadura, uma ditadura fascista”.
Fontes: Ynet e Israel National News
Foto: Canva
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Ditadura é desrespeitar o resultado das eleições! Ditadura é um judiciário corrupto que ao invés de fazer o seu papel de fazer cumprir a lei criada pelos legisladores se concedeu a si mesmo de forma tirana o poder de se opor a legislação estabelecida pelo Knesset democraticamente eleito!
É isso aí, judiciário de volta pra sua caixinha de onde nunca deveria ter saído