Mensagens são removidas do Muro das Lamentações
Esta semana, funcionários da Fundação do Patrimônio do Muro das Lamentações removeram as mensagens que são deixadas no Muro.
Duas vezes por ano, antes do Ano Novo judaico e antes do Pessach (Páscoa Judaica), o rabino do Muro das Lamentações supervisiona a coleta os bilhetes para dar lugar a mais pedidos.
Todos os anos milhões de bilhetes são colocados entre as pedras e as rachaduras da estrutura herodiana de 2.000 anos por judeus e não judeus, juntamente com mensagens enviadas através do site da Fundação do Patrimônio do Muro das Lamentações, bem como por fax e correio. Até o momento, 672.210 notas foram enviadas para o Muro das Lamentações somente através do site da Fundação do Patrimônio.
Os bilhetes foram removidos sob a supervisão do rabino do Muro Ocidental Shmuel Rabinowitz, usando ferramentas de madeira.
A fim de preservar a privacidade e a dignidade dos fieis, as mensagens foram mantidas em uma área bloqueada até que a coleta fosse concluída, e todos os bilhetes fossem colocados em sacos selados. As notas serão enterradas no Monte das Oliveiras em uma “guenizá”, tipo de arquivo sagrado no qual são guardados objetos de culto deteriorados e rolos das Sagradas Escrituras que não podem ser mais usados. Esses objetos, os livros de orações e os pergaminhos da Torá, o Pentateuco, não podem ser destruídos, e por isso os pedidos depositados no Muro também não são jogados no lixo.
Na conclusão do trabalho, o rabino Shmuel rezou para que todas as solicitações escritas nas mensagens fossem respondidas. O rabino Rabinowitz explicou que: “Quando uma pessoa escreve uma nota e a coloca no Muro Ocidental, nesse momento ele expressa seus desejos. Não há necessidade de mantê-la por mais tempo”.
Dignitários visitantes que participaram da tradição incluem vários papas, Donald Trump, Hillary Clinton e Barack Obama – cuja nota escrita em 2008 foi roubada do Muro e vendida para um jornal israelense, que publicou a nota, e mais recentemente o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que ao lado do Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu, colocou um bilhete que dizia: “Deus, olhe pelo Brasil”.
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