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Meu reino por um burger

Por Roni Szuchman

Desde o início da guerra, pude observar a extrema generosidade dos israelenses e judeus da diáspora como um todo. Pude ver como ajudaram financeiramente as famílias que foram massacradas no 7 de outubro. Muitas viúvas e órfãos que perderam literalmente tudo…

Mas não foi apenas com dinheiro, uma enxurrada de voluntários de todas as partes do mundo, alguns para lutar na guerra, outras para fazer comida para os soldados e o que me impressionou foi o empenho para manter vivos os Kibutzim que sofreram perdas.

Um Kibutz é como uma fazendo comunitária, onde todos os moradores ajudam de alguma forma. Na versão moderna, muitos trabalhadores estrangeiros fazem parte significativa na sobrevivência dos Kibutzim. Com a carnificina, muitos foram mortos ou sequestrados assim como os membros destas comunidades. Isso fez com que muitos dos trabalhadores de outros Kibutzim voltassem assustados para seus países de origem, prejudicando os Kibutzim como um todo. Pois voluntários colocaram a mão na massa e fizeram as colheitas. Isso não é somente doação, mas doar a si mesmo.

Todos ajudaram de alguma forma. Eu mesmo ajudei a servir comida às famílias deslocadas do norte e sul de Israel.

Soube de alguns exemplos de solidariedade como, durante a guerra, alguns soldados foram jantar em um restaurante. Quando um bom samaritano chamou o gerente e disse que gostaria de pagar-lhes a conta, o gerente replicou: “Entre na fila, já tem seis mesas querendo pagar!”.

Também na recente volta pra casa de alguns reféns, um deles recebeu uma BMW de um magnata. Outro, depois de mais de um ano passando fome e comendo migalhas, revelou o seu desejo de comer um burger. Pois mais de 50 estabelecimentos ofereceram este desejo. Que Deus me proteja de nunca passar pelo mesmo, mas depois deste pesadelo preferia o burger à BMW!

Dica útil: Quando vier a Israel, não deixe de visitar um Kibutz e me convide pra comer um burger.

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