Marcha do Orgulho reúne 30.000 em Jerusalém
A Marcha do Orgulho e Tolerância aconteceu na tarde desta quinta-feira, em Jerusalém, com a participação de cerca de 30.000 pessoas e a proteção de milhares de policiais.
Estandes de ONGs e organizações comunitárias com camisetas e adesivos foram montados ao redor do parque Gan Pa’amon HaDror.
Um grupo de mães compareceu à marcha para oferecer abraços gratuitos aos participantes vestindo camisetas com os dizeres “todo mundo precisa do amor dos pais”.
Três israelenses foram presos nos últimos dias por fazer comentários ameaçadores sobre a marcha, de acordo com a Polícia de Israel e receberam ordem de restrição de Jerusalém por cinco dias.
O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, após uma avaliação de segurança, disse que a liberdade de expressão daqueles que se opõem à marcha deveria ser respeitada.
“Esse é o direito deles, desde que não infrinjam a lei e eu disse à polícia que não queria ver fotos de ultraortodoxos ou religiosos que andam pelas ruas de Jerusalém e são expulsos das ruas porque são religiosos, porque usam kipá ou porque usam saias”, disse ele.
Ben Gvir foi vaiado pelos participantes da Parada ao passar pela área da concentração. Os participantes gritaram “Vergonha” e “Fora nazistas” para o ministro que, em 2006, esteve envolvido na marcha de ódio “beast march” contra a comunidade LGBT, embora recentemente tenha moderado sua postura e chamado as pessoas LGBT de “meus irmãos e irmãs”.
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No início do desfile, Ben-Gvir, disse que sua prioridade na Parada era garantir que não houvesse outro incidente “louco” como o assassinato de Shira Banki em 2015.
A Parada do Orgulho de Jerusalém tem forte esquema de forte segurança e restrições desde que um extremista ultraortodoxo, Yishai Schlissel, esfaqueou Banki até a morte na parada em 2015. Schlissel realizou o ataque apenas algumas semanas depois de ser libertado da prisão após cumprir 10 anos por esfaquear e ferir manifestantes no desfile de 2005. Atualmente, ele está cumprindo prisão perpétua.
Yehonatan Elitzur, de Mevaseret Zion, disse que estava participando da Parada do Orgulho de Jerusalém para “lutar pela igualdade e contra o ódio”, acrescentando que a comunidade LGBT ainda sofre discriminação e intolerância.
“Eu sinto esse ódio. Senti isso no trabalho, no serviço militar e, especialmente em Jerusalém, sinto uma nuvem negra de intolerância”, disse Elitzur.
A organização de extrema direita Lehava fez um protesto contra o evento no Bloomfield Garden, em frente à entrada do palco de abertura no Gan Pa’amon.
Na quarta-feira, o movimento terrorista Hamas condenou a marcha do orgulho de Jerusalém, pedindo aos palestinos que “enfrentem” o evento.
Vários movimentos de protesto, assim como muitos parlamentares da oposição participaram da marcha, com os organizadores dizendo que esperavam uma participação maior do que o normal.
O movimento “Irmãos de Armas” anunciou que “subiria a Jerusalém para marchar diante de um governo messiânico cheio de homofóbicos” na quinta-feira e convocou outros israelenses a se juntarem à marcha também.
A Marcha do Orgulho e Tolerância de Jerusalém foi conduzida pela sua rota tradicional, partindo do Gan Pa’amon, antes de subir a rua Keren Hayesod, continuando na Praça Paris e rua King George, e virando na rua Hillel antes de terminar no Gan Haatzmaut, onde o ocorre o evento de encerramento.
A marcha esteve repleta de estrelas este ano, com artistas como Ran Danker, Ivri Lider, Shahar Tavoch, Roni Duani, Etty Biton e Rinat Bar estrelando no palco principal e os parlamentares Yair Lapid, Benny Gantz e Merav Michaeli participando da abertura cerimônia.
Neria Kraus, jornalista do Canal 13, e Eran Swissa, jornalista de Israel Hayom, são os apresentadores do palco principal. O artista drag Uriel Yekutiel foi o anfitrião da cerimônia de abertura.
“Hoje, Jerusalém está decorada não apenas com uma variedade de cores e uma variedade de mulheres, mas também com uma variedade ampla e espetacular de emoções e sentimentos. Estamos extremamente felizes pelo privilégio de celebrar quem somos, com muita raiva por precisar continuar a manifestar por nossos direitos mais básicos, esperamos que o desfile passe pacificamente e acreditamos que ele tem o poder de influenciar o futuro de Jerusalém”, disse Alon Shachar, CEO da Casa Aberta de Jerusalém para Orgulho e Tolerância, na quinta-feira.
Voluntários do grupo “Mães Contra a Violência” estiveram presentes em todo o centro da cidade para prevenir atos LGBT-fóbicos nas horas seguintes à marcha. Os voluntários vestem coletes amarelos com a palavra “Ima” (mãe em hebraico) e bandeiras do Orgulho.
Fontes: The Times of Israel e The Jerusalem Post
Foto: Wikimedia Commons
É lamentável ver esta abominação em Israel e no mundo, como Deus deu o livre arbítrio para o ser humano, seremos julgados, pois não existe inocentes, todos sabem das consequências por esta abominação e ainda querem invadir Jerusalém, já não basta em Tel Aviv, jamais a palavra de Deus vai aprovar tal união, Israel está rodeado de muitos inimigos, principalmente o Irã que está construindo suas ogivas nucleares, justamente com o propósito de acabar com o povo de Israel, não existe nenhum temor dos judeus em que Deus possa permitir tal ação do inimigo do seu povo?
Porque provocar a ira do todo poderoso? Israel sabe muito bem que no passado, Deus se afastou do seu povo e vemos quanto sofrimento o povo passou pelas suas desobediências por adorarem deuses estranhos e se curvarem diante deles, que Deus tenha misericórdia de Israel e do seu povo em toda a face da terra.
Lamentável