Marcha das Bandeiras acontecerá em meio a tensões
A Marcha das Bandeiras do Dia de Jerusalém entrará na Cidade Velha pelo Portão de Damasco em 29 de maio, depois de ter sido impedida de fazê-lo, no ano passado, devido a ameaças do Hamas que antecederam a Operação Guardião das Muralhas.
Embora a Marcha das Bandeiras geralmente passe pelos Portões de Jaffa e Damasco, no ano passado foi redirecionada apenas para Portão de Jaffa depois que o Hamas emitiu ameaças contra a marcha. Apesar da mudança de rota, foguetes foram disparados da Faixa de Gaza em direção a Jerusalém, provocando um conflito de quase duas semanas.
No mês passado, ativistas de direita, incluindo o líder do partido Otzma Yehudit, Itamar Ben-Gvir, organizaram uma marcha e tentaram entrar pelo Portão de Damasco, mas foram parados pela polícia que os redirecionou ao Portão de Jaffa devido às tensões na cidade.
O ministro da Segurança Pública, Omer Bar Lev, decidiu, após uma avaliação da situação na quarta-feira, permitir que a Marcha das Bandeiras retornasse à sua rota tradicional através do Portão de Damasco.
Os organizadores da marcha saudaram a decisão, dizendo: “Não há nada mais adequado do que uma marcha feliz e unificadora, do oeste da cidade ao leste, pelos lugares que as FDI liberaram há 55 anos, na festividade da capital de Israel”.
“Desta vez, esta é uma ótima notícia do ministro da Segurança Pública”, disse a organização de direita Im Tirzu em resposta à decisão. “Ela fortalecerá a soberania em Jerusalém. O Portão de Damasco em particular, e Jerusalém Oriental como um todo, são parte integrante de Jerusalém. Marcharemos com amor, sionismo, não-violência e grande alegria para celebrar a libertação de Jerusalém da ocupação árabe. Ser judeu na capital não é uma provocação, é um direito ancestral!”.
O Deputado do Meretz, Esawi Frej, condenou a decisão de realizar a marcha pelo Portão de Damasco, chamando-a de “erro perigoso e preocupante”.
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“O propósito da marcha no coração de Jerusalém Oriental não é o bem de Jerusalém, mas o desejo de queimá-la, então pretendo trabalhar para mudar a decisão, para evitar suas consequências perigosas”, tuitou Frej.
A marcha ocorre após semanas de tensões em Jerusalém e na região da Samaria e Judeia. Confrontos aconteceram várias vezes no Monte do Templo no mês passado, quando facções palestinas pediram aos árabes que confrontassem os visitantes judeus ao local.
Na Samaria e Judeia, as forças israelenses realizaram grandes operações de prisão na Operação Quebrando a Onda, que luta contra uma recente onda de ataques terroristas,
Na noite de segunda-feira, confrontos violentos eclodiram no leste de Jerusalém quando o funeral de um membro do Hamas passou pelo Monte do Templo e outros locais próximos.
Em meio às tensões em torno de Jerusalém e da região da Samaria e Judeia, o jornal Al-Quds informou na quarta-feira com base em “fontes palestinas ” que os mediadores foram “incapazes de conter a ocupação e interromper seus ataques contínuos em Jerusalém e na região da Samaria e Judeia”, com isso pressionando as facções palestinas a “mudar sua abordagem e estudar novas opções”.
As fontes disseram ao Al-Quds que as facções realizarão uma série de reuniões nos próximos dias para discutir as repercussões da situação atual, acrescentando que os partidos considerarão “tomar medidas dissuasivas” contra Israel.
Fonte: The Jerusalem Post
Foto: CC0 Domínio Público (PxHere)
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