Mansour Abbas ameaça Netanyahu
O líder do Ra’am, Mansour Abbas, atacou o presidente do Likud, Benjamin Netanyahu, que estaria realizando uma campanha de incitação contra o Ra’am e os deputados árabes, na qual os acusa de apoiar o terrorismo.
“Chegará a hora de respondermos a toda essa incitação”, disse Abbas em entrevista ao Canal 12.
“Netanyahu, que negociou conosco, aparece em vídeos e nos acusa de sermos apoiadores do terrorismo como se não houvesse autoridades. Se fôssemos apoiadores do terrorismo, estaríamos em um lugar completamente diferente”.
“Dois dias atrás, eu me lembrei de algo”, continuou Abbas. “Quando foi anunciado que Netanyahu recebeu Bezalel Smotrich e Itamar Ben Gvir em sua casa em Cesarea, lembrei que também fui convidado por Netanyahu e o deputado do Likud, Yoav Kisch. Tenho o endereço de sua casa em Whatsapp”.
“Tenho muitas evidências”, afirmou o presidente Ra’am. “Eu não costumo falar ou revelar conversas políticas ou correspondência política, mas quando Netanyahu continua a incitar contra nós todos os dias… há um limite para onde ele quer nos levar. Ele está infringindo nosso direito democrático e civil de sermos parceiros e ter uma influência”.
No entanto, Abbas não descartou completamente o apoio futuro a Netanyahu para o papel de primeiro-ministro. “Espero que consigamos a maioria e formemos um governo de mudança. Quem vai encabeçar depende dos resultados das eleições”, disse. “Tem um partido que nos procurou e tem um partido que negociou conosco, não vou esquecer disso. Mas, no momento, nos voltamos para o bloco de mudança”. Mais tarde, ele acrescentou: “Não temos interesse em desqualificar ninguém, nenhum partido”.
LEIA TAMBÉM
- 30/06/2022 – Knesset dissolvida. Eleições em 1º de novembro
- 02/04/2021 – Abbas: “Ao contrário dos outros, não desqualifiquei ninguém”
- 30/03/2021 – Gantz pede a Abbas para não apoiar Netanyahu
O Likud declarou em um comunicado, sua resposta a Abbas: “Ao contrário de Yair Lapid, que formou um governo com Ra’am e a Lista Conjunta, o Likud não concordou e nunca concordará em incluir a Irmandade Muçulmana no governo”.
“O fato é que, em 2019, quando a direita tinha 60 cadeiras, o ex-primeiro-ministro Netanyahu recusou as propostas de Mansour Abbas para apoiar a formação de um governo liderado pelo Likud, e por isso fomos às eleições”, prosseguiu.
“A escolha nas próximas eleições é um governo nacional estável por quatro anos liderado pelo Likud, ou um governo Lapid com a Irmandade Muçulmana e a Lista Conjunta”, completou.
Fonte: Israel National News
Fotos: Wikimedia Commons