Rodovias bloqueadas em dia de protesto
Manifestantes bloquearam, nesta quinta-feira, o tráfego na área de embarque do Aeroporto Ben-Gurion, de onde o primeiro-ministro Netanyahu embarcaria para a Itália, em um dos protestos contra a reforma judicial que ocorrem em todo o país.
Um helicóptero transportou o primeiro-ministro e sua esposa, Sara, ao aeroporto devido à manifestação. O voo do primeiro-ministro foi atrasado para que ele se encontrasse com o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin. A reunião foi realizada na sede da Israel Aerospace Industries, adjacente ao aeroporto. Também participaram da reunião o ministro da Defesa, Yoav Gallant, o ministro de Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, o diretor do Conselho de Segurança Nacional, Tzachi Hanegbi, o chefe de gabinete do primeiro-ministro, Tzachi Braverman, e o secretário militar do primeiro-ministro, major-general Avi Gil.
O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, chegou ao Aeroporto algumas horas antes do primeiro-ministro.
Antes de sua reunião no centro de controle de tráfego aéreo com o comissário de polícia Kobi Shabtai, Ben-Gvir falou à imprensa, dizendo que “sou o último a falar contra os protestos. Protestar é permitido. Protestei por décadas. Protesto, grito, isso é democracia. A anarquia não pode ser permitida e esse é o meu comando para os policiais”.
Os membros da Knesset Danny Danon, Elazar Stern, Yifat Shasha-Biton e Dan Illouz também voaram para o Bahrein nesta quinta-feira. A mídia israelense informou que o voo poderia sofrer atrasos devido aos engarrafamentos causados pelos protestos, mas o porta-voz de Illouz confirmou que o deputado chegou com segurança ao Aeroporto Ben-Gurion de trem e estava a caminho do Bahrein.
Forças de segurança israelenses foram estacionadas na entrada do Aeroporto Ben-Gurion, armadas com canhões de água.
Um manifestante foi atropelado por um carro na via expressa para o Terminal 3 do Aeroporto Ben-Gurion.
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Dois manifestantes foram presos na junção de Ra’anana na Rodovia 4, sob suspeita de perturbar a paz, de acordo com a Unidade de Porta-voz da Polícia de Israel. Os policiais estavam estacionados no cruzamento desde o início da manhã e dispersaram ativamente a multidão que bloqueava o cruzamento.
Quatro manifestantes foram presos no cruzamento de Kfar HaYarok em Ramat Hasharon, na manhã de quinta-feira, por perturbação, de acordo com reportagem da TV Kan.
Uma enorme locomotiva foi montada no centro de Tel Aviv com uma faixa dizendo: “A democracia é o combustível para a locomotiva da economia”. O trem, instalado na rua Kaplan, foi montado por trabalhadores da indústria de alta tecnologia.
De acordo com o Canal 12, aproximadamente 3.000 agentes de segurança estavam de prontidão em todo o país em resposta aos protestos.
Dezenas de manifestantes foram parados pela polícia de Tel Aviv quando tentavam entrar na avenida Ayalon no cruzamento de Arlozorov em direção ao norte, de acordo com o Porta-voz da Polícia. No entanto, furaram o bloqueio policial e conseguiram chegar à via e interromper o trânsito, resultando em confrontos entre manifestantes e policiais.
O trânsito em outras partes do país também foi afetado pelos protestos. A Polícia de Israel informou que a Rodovia 4 perto de Ra’anana estava altamente congestionada.
A via costeira para o porto de Haifa foi totalmente bloqueada na manhã de quinta-feira devido à flotilha da organização “Marinheiros para Salvar a Democracia” subindo e descendo a costa.
Manifestantes também se reuniram no prédio da Intel em Haifa para protestar.
Centenas de reservistas das FDI se reuniram em frente Aos edifícios do Fórum Kohelet em Jerusalém . A polícia de Israel prendeu sete reservistas que participaram dos protestos, depois de receber um relatório de que sacos de areia e outros materiais estavam bloqueando a entrada dos edifícios Kohelet, de acordo com o Porta-voz da Polícia. A polícia também desobstruiu o local.
Um dos presos foi o tenente-coronel Ron Sharf, oficial e ex-membro da Sayeret Matkal.
De acordo com informações da Restart Israel, uma organização de base que consolida e divulga informações sobre os protestos pela reforma judicial, os organizadores do Dia de Resistência à Ditadura escreveram que “é um dever cívico opor-se à ditadura. Essa é a única forma de devolver Israel ao caminho da democracia. Esta é uma tremenda batalha pela independência dos cidadãos de Israel contra a tirania que destruirá o que construímos aqui por mais de 70 anos. Convocamos a população a participar dos protestos”.
Fonte: The Jerusalem Post
Foto (ilustrativa): Wikimedia Commons
