Manifestações pró e contra em todo o país
Neste domingo, enquanto a Knesset avançava com seu debate sobre a legislação de reforma do judiciário proposta pela coalizão, dois grandes comícios em Jerusalém e Tel Aviv sublinharam a divisão na sociedade israelense sobre o plano.
Em Tel Aviv, no local que se tornou sinônimo de protestos antirreforma, milhares de apoiadores do governo realizaram uma manifestação pedindo que a coalizão avançasse. Foi a terceira grande manifestação de apoiadores da mudança desde que o plano foi anunciado em janeiro.
Ao mesmo tempo, outro grande protesto contra o projeto de lei foi realizado perto da Knesset em Jerusalém, exigindo que o governo suspendesse a legislação que impede a Suprema Corte de anular as decisões do governo que não sejam “razoáveis”.
O evento em Tel Aviv foi realizado sob o slogan, “o povo está com você, complete a legislação – 64 assentos não são de segunda classe”, uma referência ao número de assentos que o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ocupa na Knesset de 120 membros. Os defensores da reforma buscavam uma demonstração de força para neutralizar os protestos antirreforma que abalaram o país por 29 semanas consecutivas.
Segundo o Canal 13, citando a empresa CrowdSolutions, cerca de 60.000 estiveram na manifestação de Tel Aviv, enquanto o Canal 12, citando estimativas da polícia, disse que o o número de manifestantes ultrapassava os 100.000. Os organizadores afirmaram que 200.000 pessoas estiveram presentes.
A CrowdSolutions também relatou cerca de 60.000 pessoas no comício da oposição em Jerusalém.
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As manifestações mostraram algumas cenas impressionantes, na estação de trem Isaac Navon, em Jerusalém, antes do comício, quando muitos ativistas pró-reforma desceram em direção à plataforma do trem para levá-los a Tel Aviv, enquanto manifestantes antirreforma subiam as escadas rolantes adjacentes, vindos de Tel Aviv e outros locais para participar da manifestações perto da Knesset, em Jerusalém.
Fonte: Revista Bras.il a partir de The Times of Israel
Foto: Captura de tela (Twitter de Dan Adin)