Mandato da UNRWA renovado por três anos
Os EUA e o Canadá se abstiveram na votação da Assembleia Geral das Nações Unidas que permitiu que sua Agência de Ajuda para Refugiados Palestinos (UNRWA) continuasse a operar até junho de 2026.
Israel foi o único país a se opor à resolução, que teve a aprovação de 157 nações. Oito outras nações se abstiveram da votação realizada em Nova York: Camarões, Guatemala, Ilhas Marshall, Micronésia, Nauru, Palau, Papa Nova Guiné e Uruguai.
Israel há muito pede à ONU que acabe com o papel da UNRWA, argumentando que sua prestação de serviços aos descendentes de palestinos deslocados pela Guerra da Independência de 1948 cria um número crescente de refugiados, cujo número aumentou a ponto de criar um obstáculo para a resolução do conflito.
A comunidade internacional e a Autoridade Palestina argumentaram que a UNRWA fornece um serviço necessário para mais de 5 milhões de refugiados palestinos que vivem na Síria, Jordânia, Líbano, Gaza, Samaria e Judeia e Jerusalém Oriental.
Os EUA têm sido tradicionalmente um firme defensor da UNRWA e seu maior doador. A administração Trump rompeu com essa política e interrompeu todo o financiamento para a organização, dizendo não ser um veículo eficiente para fornecer serviços humanitários aos refugiados que teriam sido mais bem atendidos por agências locais.
A administração Biden restaurou esse financiamento, mais uma vez colocando os EUA como o principal doador da organização, mas esse apoio não se refletiu em seu voto na ONU.
A votação ocorreu quando o Representante Suplente dos EUA para Assuntos Políticos Especiais nas Nações Unidas, Robert Wood, estava visitando Israel e os territórios palestinos. Ele se reuniu com chefes locais de agências da ONU, incluindo a UNRWA.
LEIA TAMBÉM
- 30/11/2022 – “A ocupação deve terminar”, diz secretário da ONU
- 17/11/2022 – UNRWA diz que seu financiamento está em perigo
- 24/08/2022 – Grupos ligados ao terror financiam agências da ONU
Em outra votação, a Assembleia Geral da ONU aprovou, na segunda-feira, o adiamento de uma decisão controversa de buscar uma opinião consultiva da Corte Internacional de Justiça sobre se as ações israelenses na Judeia e Samaria equivalem a uma anexação de fato.
A Assembleia Geral da ONU deu aprovação inicial ao pedido, mas o assunto deve receber suporte do Quinto Comitê, que deve revisar as implicações financeiras da mudança. Uma votação final da AGNU será realizada somente quando a revisão financeira estiver concluída.
Fonte: The Jerusalem Post
Foto: ISM Palestine (Flickr)