Majdal Shams sepulta 11 crianças assassinadas
Milhares de pessoas se reuniram neste domingo em Majdal Shams para os funerais das crianças que foram assassinadas quando o Hezbollah lançou um foguete em um campo de futebol. Membros das famílias passaram mal e precisaram de atenção médica.
Ao crianças mortas são: Fajr Laith Abu Saleh, de 16 anos, Ameer Rabeea Abu Saleh, 16 anos, Nathem Fakher Saeb, 16 anos, Hazem Akram Abu Saleh, 15 anos, John Wadeea Ibrahim, 13 anos, Iseel Nasha’at Ayoub, 12 anos, Finis Adham Safadi, 11 anos, Yazan Nayeif Abu Saleh, 12 anos, Alma Ayman Fakhr al-Din, 11 anos, Naji Taher al-Halabi, 11 anos, e Milad Muadad al-Sha’ar, 10 anos.
Outra vítima Jafara Ibrahim, de 11 anos, está desaparecida desde o ataque. Sua família pediu ajuda para encontrá-lo.
“Com grande pesar e tristeza, e com calma e completa submissão à vontade de Deus, Majdal Shams lamenta seus melhores filhos que foram afetados no ataque ao campo da vila”, disse a declaração da administração local.
“A noite toda, as crianças perguntaram por que isso aconteceu, e como seus amigos foram mortos daquele jeito”, disse Salman, um morador de Majdal Shams. “Não temos nada a dizer a eles. Todos nós, incluindo os adultos, estamos quebrados, desamparados e com dor. Também perguntamos, não entendemos, e estamos tão tristes e bravos. Como responderemos às perguntas de nossos filhos, quando fazemos as mesmas perguntas e não há ninguém para nos responder”.
Ele disse que muitas das crianças foram expostas às imagens da cena do massacre. “Elas falam sobre trauma, não conseguiam dormir à noite”, disse ele.
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As FDI, o Corpo de Bombeiros, o Magen David Adom (MDA) e a Polícia de Israel estabeleceram um mecanismo de coordenação para proteger o funeral e a área.
Ministros do Likud que foram a Majdal Shams para o funeral foram recebidos por gritos de revolta dos moradores. “Queremos paz e não a temos. Estamos cansados de suas promessas”, disseram os moradores furiosos. Sua raiva foi especialmente direcionada ao Ministro das Finanças Bezalel Smotrich depois que ele vetou um projeto de lei para legalizar o uso de eletricidade em muitas das casas da vila, que deveria conectar as vilas drusas à rede elétrica nacional depois que o governo negligenciou o assunto por décadas.
“Vocês não têm vergonha, vocês nos abandonaram por nove meses e agora estão aqui?”, gritou um homem para o Ministro da Economia, Nir Barkat, e para a Ministra da Proteção Ambiental, Idit Silman, sob aplausos da multidão.
“Vocês não têm vergonha. Um garoto foi jogar futebol e não voltou para casa”, gritou outra pessoa para os ministros do Likud.
O Ministro das Finanças Bezalel Smotrich também foi recebido aos gritos pelos enlutados. “Tirem-no daqui! Não o queremos!”.
Vários parlamentares da oposição foram ao funeral, incluindo o líder do Yesh Atid, Yair Lapid, e o líder trabalhista, Yair Golan.
Mais cedo, o Ministro da Defesa Yoav Galant citou o Alcorão em uma publicação no X. Ele expressou suas condolências aos “nossos irmãos drusos” e escreveu: “Compartilhamos sua profunda tristeza, seus filhos são nossos filhos, sua tragédia é nossa tragédia”.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pousou às 16h no Aeroporto Ben-Gurion, depois de antecipar seu voo de volta em algumas horas e foi diretamente para uma reunião do gabinete de segurança.
Fonte: Revista Bras.il a partir de Ynet
Foto: Captura de tela (X)