Mais mulheres religiosas estão servindo nas FDI

Nos últimos anos, mais mulheres judias ortodoxas estão optando por servir nas Forças de Defesa de Israel.

Estas mulheres podem reivindicar uma isenção por questões religiosas e, muitas vezes, cumprir um ou dois anos de serviço nacional, mas o número que escolhe o serviço militar tem crescido exponencialmente nos últimos anos, apesar de muitos setores da comunidade religiosa não apoiarem ou encorajarem necessariamente esta escolha.

De acordo com as previsões, no próximo ano, espera-se que cerca de 3.200 jovens religiosas se alistem nas Forças de Defesa de Israel, das cerca de 7.500 formados nas escolas secundárias religiosas, mais do dobro do número que se alistou há uma década.

Durante o seu serviço, estas mulheres soldados religiosas são frequentemente confrontadas com desafios que surgem das diferenças entre o mundo da Torá e a realidade dos militares.

Entre as instituições que estão ajudando estas mulheres está o Seminário Feminino Midreshet Lindenbaum de Ohr Torah Stone, que tem trabalhado durante os últimos 25 anos para permitir que mulheres religiosas se alistem nas FDI e sirvam sem comprometer os seus valores religiosos.

A instituição lançou agora uma nova iniciativa, chamada “Maaminot BeMadim” (“Crentes” de Uniforme), um centro que oferece orientação e aconselhamento gratuitos a mulheres religiosas que já servem ou prestes a se alistar nas FDI em todos os assuntos espirituais, religiosos ou práticos.

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406 jovens religiosas passarão o próximo ano em um dos seminários pré-FDI do Ohr Torah Stone (um movimento internacional ortodoxo moderno que visa desenvolver a vida, o aprendizado e a liderança judaica), e 350 graduadas da Midreshet Lindenbaum estão prestando serviço militar ativo.

“Após 25 anos preparando e acompanhando nossos alunos através do serviço nas FDI, a Midreshet Lindenbaum acumulou muito conhecimento, experiência e conexões”, de acordo com a Rabbanit Hila Naor, diretora do novo centro.

“Sionistas e ultraortodoxas que se alistaram sozinhas, recorrem a nós todos os dias para obter conselhos haláchicos e assistência prática com cursos ou desafios espirituais. Criamos este centro com o objetivo de utilizar o conhecimento que acumulamos para dar uma resposta real e eficaz a todas elas”.

Maaminot BeMadim trabalha em estreita cooperação com a Divisão de Segurança Social das FDI e autoridades religiosas e opera uma linha direta WhatsApp 24 horas por dia, 6 dias por semana, através da qual as autoridades haláchicas fornecem respostas, conselhos e orientações espirituais-haláquias.

Além de servir como um recurso para soldadas individuais, o centro realizará um programa de pesquisa dedicado ao estudo de questões relevantes relativas ao serviço religioso feminino e sediará conferências, workshops e seminários contínuos dedicados à interface entre as mulheres, a Torá e os militares.

O Rabinato Militar supervisiona o funcionamento religioso diário das FDI e ajuda as mulheres soldados religiosas através do Departamento de Tratamento e Apoio às Mulheres Soldadas Religiosas (conhecido pela sigla hebraica TIPUACH).

“Nosso serviço oferece um nível complementar de apoio a essas jovens e suas famílias para enfrentar todos os tipos de desafios sociais e haláchicos que sabemos que elas enfrentarão ao longo de seu serviço”, explicou o Rabino Ohad Teharlev, uma das autoridades do centro em Lei judaica. O Rabino Shuki Reich também atua como autoridade haláchica.

Teharlev, diretor dos programas israelenses da Midreshet Lindenbaum, diz, “raramente passa um dia sem que eu não receba perguntas de nossas graduadas e de suas famílias enquanto se preparam ou servem no exército.

Estas podem variar desde questões haláchicas muito específicas até orientações mais amplas sobre as atividades que uma jovem deve exercer, que lhe permitirão proteger a sua identidade e prática religiosa sem comprometimento”.

Fonte: Revista Bras.il a partir de Ynet
Foto: FDI