Lockdown mais rígido a partir de sexta-feira
Apenas seis dias após o início de um lockdown moderado, os principais ministros reconheceram na quarta-feira que a medida foi insuficiente diante do número crescente de infecções e concordaram em impor um fechamento total a partir de amanhã (sexta-feira), que deverá ser mais severo do que o primeiro fechamento de Israel em março.
De acordo com as informações divulgadas, o novo fechamento vai paralisar quase toda a economia, exceto lojas vitais como supermercados e farmácias, bem como alguns setores essenciais especialmente aprovados pelo gabinete.
As manifestações podem ser realizadas a um quilômetro de distância das casas, e em grupos de até 20 pessoas. As sinagogas fecharão a partir de sexta-feira, só podendo abrir, com lotação limitada, para o Yom Kipur (Dia do Perdão).
O Aeroporto Ben Gurion, o principal do país, também deve fechar para voos de saída.
O fechamento vai durar pelo menos até o final da festa de Sucot, no dia 10 de outubro.
A tomada de decisões foi um tanto controversa, pois nem todos os membros do gabinete do coronavírus foram consultados. A decisão partiu de uma conversa telefônica entre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa Benny Gantz, o ministro da Saúde Yuli Edelstein, o ministro das Relações Exteriores Gabi Ashkenazi, o ministro da Justiça Avi Nissenkorn e o Ministro do Interior, Aryeh Deri.
Os demais membros do gabinete, incluindo o ministro das Finanças, Israel Katz, disseram ter tomado conhecimento da decisão por meio da mídia.
O fechamento da maioria dos locais de trabalho foi rejeitado por Gamzu e pelo vice-diretor-geral do Ministério da Saúde, Itamar Grotto, que disse que bastava reduzir a atividade para 50 por cento do setor privado.
O “czar do coronavírus” Ronni Gamzu disse que, em termos de redução da morbidade, um fechamento total seria “altamente eficaz”, mas “destruiria a economia”. E recomendou um “fechamento inteligente”, que também levaria em consideração os danos à economia.
A Ministra dos Transportes, Miri Regev, confirmou que o Aeroporto Ben Gurion será fechado se um lockdown total for imposto. Ela disse que os israelenses não poderão deixar o país se o bloqueio total for confirmado, mas que o governo tentará garantir o reembolso das passagens aéreas nessas circunstâncias.
Um estudo do Instituto de Ciência Weizmann sugeriu que as taxas de vírus não cairiam o suficiente com uma paralisação antes de novembro, momento ponto em que a economia israelense poderia reabrir.
A projeção, baseada nas tendências de infecção na primeira paralisação de março a maio, sugere que levaria cerca de duas semanas para reduzir pela metade o número de casos diários e várias semanas adicionais para reduzir as taxas o suficiente para aliviar as restrições.
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