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Liga Árabe pede envio de forças da ONU para Gaza

Foi encerrada, ontem, em Manama, capital do Reino do Bahrein, a 33ª Cúpula Árabe.

A Liga Árabe, composta por 22 membros, anunciou a Declaração do Bahrein após a assembleia geral e as reuniões bilaterais para pôr fim ao conflito Israel-Palestina e enfrentar as guerras civis e os distúrbios no Sudão, no Iêmen, na Síria, no Iraque, no Líbano e na Líbia.

A Declaração do Bahrein apela a um cessar-fogo imediato, ao envio de forças de manutenção da paz da ONU para os territórios palestinos e a um acordo duradouro.

A declaração afirma que a reunião destacou a necessidade de travar a agressão israelense na Faixa, uma retirada completa de Israel de Gaza e o fim do seu bloqueio ao território agora devastado.

Os membros da Liga também apelaram à retirada de todos os obstáculos, abrindo todas as passagens para facilitar a entrega da ajuda humanitária aos palestinos.

Enfatizaram a necessidade de a UNRWA cumprir com segurança a sua responsabilidade e fornecer apoio financeiro e de saúde às vítimas da guerra em curso.

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A Cúpula do Bahrein anunciou a sua rejeição a todas as tentativas de deslocar à força os palestinos de Gaza, da Samaria e Judeia e de Jerusalém Oriental, reiterando que tais tentativas serão enfrentadas.

Além disso, os membros apelaram a um cessar-fogo imediato e permanente para proteger civis inocentes.

Os líderes condenaram veementemente a tomada da passagem de Rafah pelas forças israelenses, confirmando que tal medida levou à paralização da operação da travessia, do fluxo de ajuda humanitária e à perda do povo palestino da principal linha de sobrevivência em Gaza.

A reunião exigiu que Israel se retirasse de Rafah, a fim de garantir o acesso seguro à ajuda humanitária. Apelou também ao envio de forças internacionais de manutenção da paz para os territórios palestinos até a implementação da solução de dois Estados.

Os 22 membros da Liga árabe enfatizaram a responsabilidade do Conselho de Segurança da ONU de tomar medidas decisivas para implementar a solução de dois Estados dentro de um prazo específico para o processo político e de emitir uma resolução ao abrigo do Capítulo Sete para estabelecer um Estado Palestino independente.

O presidente palestino, Mahmud Abbas, disse na cúpula que seus rivais políticos no Hamas deram a Israel uma desculpa para travar guerra em Gaza com o ataque de 7 de outubro a partir do território palestino.

“A operação militar levada a cabo pelo Hamas por decisão unilateral naquele dia, 7 de outubro, proporcionou a Israel mais pretextos e justificativas para atacar a Faixa de Gaza”, disse ele.

Falando na reunião, o secretário-geral da ONU, António Guterres, descreveu a guerra em Gaza como “uma ferida aberta que ameaça infectar toda a região”, apelando à “libertação imediata e incondicional de todos os reféns”.

Guterres disse que “a única forma permanente de acabar com o ciclo de violência e instabilidade é através de uma solução de dois Estados”.

A chamada “Declaração de Manama” emitida pelas nações árabes também exortou “todas as facções palestinas a juntarem-se sob a égide da Organização para a Libertação da Palestina”, que é dominada pelo movimento governante Fatah de Abbas.

Acrescentou que considera a OLP “o único representante legítimo do povo palestino”.

É a primeira vez que o bloco se reúne desde uma reunião extraordinária em Riad, capital da Arábia Saudita, em novembro, que também envolveu líderes da Organização de Cooperação Islâmica, que tem 57 membros.

Embora em novembro os líderes tenham recusado a aprovação de medidas punitivas contra Israel, o analista kuwaitiano Zafer al-Ajmi disse à AFP que a reunião em Manama foi diferente das reuniões recentes.

A opinião pública ocidental tornou-se “mais inclinada a apoiar os palestinos e a acabar com a injustiça que lhes foi infligida” desde a criação de Israel, há mais de 70 anos, disse Ajmi.

Numa campanha que dizem ser de solidariedade com os palestinianos no meio da guerra de Gaza, os Huthis do Iêmen, apoiados pelo Irã, lançaram uma série de ataques a rotas marítimas vitais no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, desde novembro.

A cimeira do Bahrein “condenou veementemente os ataques a navios comerciais”, afirmando que “ameaçam a liberdade de navegação, o comércio internacional e os interesses dos países e povos do mundo”.

Fonte: Leaders Magazine e France 24
Foto (ilustrativa): Flickr

2 comentários sobre “Liga Árabe pede envio de forças da ONU para Gaza

  • Não tem nada de parar com a guerra, Israel tem é que exterminar o Hamas e palestinos que estão apoiando o Hamas, e esta liga árabe tem é que calar a boca, Hamas e palestinos sempre quiseram a destruição de Israel, e estes CANALHAS do mundo inteiro que é a favor do Hamas tem também que ser exterminados, bando de CANALHAS estrumes humanos.

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    • Tô com você nessa amigo o povo palestino não é inocente eles financiam o para destruir o Estado de Ysrael

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