Líder do Meretz diz que FDI devem conter soldados

A líder do partido Meretz, Zehava Galon, pediu no sábado ao ministro da Defesa, Benny Gantz, que contenha os soldados em seu tratamento aos palestinos e que seja mais firme com os “colonos”. “O sistema de segurança de Israel deve agir de maneira mais forte contra os colonos”, lamentou ela.

“O ministro da Defesa precisa conter e moderar os soldados que operam na região da Samaria e Judeia”, disse ela em um evento cultural na cidade de Petah Tikva.

“Há um aumento enorme no número de palestinos mortos. Houve um afrouxamento da regulamentação do fogo aberto”, disse ela.

Galon acrescentou que as FDI estão “protegendo comboios de israelenses que vêm à região para provocar palestinos… eles os espancam, os colonos são extremamente violentos com os palestinos”.

Gantz respondeu aos comentários de Galon ainda neste sábado, escrevendo no Twitter que a atual situação de segurança sensível exigia que as autoridades fossem responsáveis.

“Isso é verdade para as regras de fogo aberto, que são estabelecidas apenas pelo chefe do Estado-Maior das FDI e seus comandantes, sem qualquer envolvimento político”, enfatizou o ministro da Defesa.

“Em meio a uma realidade complicada, os soldados e comandantes das FDI têm meu total apoio para cumprir sua missão de proteger os civis israelenses”, acrescentou Gantz.

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Por outro lado, Galon admitiu durante o evento de sábado, que há um “despertar de uma juventude palestina desorganizada que está causando uma violência terrível em Jenin e Nablus”.

A líder do Meretz observou que há um aumento no número de palestinos mortos nos últimos 12 meses, pedindo para “acabar com o derramamento de sangue, pois também estamos pagando o preço em sangue”.

Galon também criticou o político de extrema-direita Itamar Ben-Gvir (Partido Sionista Religioso) por seu envolvimento durante um período tenso para as forças de segurança de Israel na capital e na Samaria e Judeia.

Ben-Gvir esteve envolvido em confrontos entre israelenses e palestinos em Sheikh Jarrah, no leste de Jerusalém, no início desta semana. Durante os confrontos, o líder de Otzma Yehudit sacou uma arma.

De acordo com Galon, Ben-Gvir, um “valentão e provocador”, fez de sua missão “começar um conflito religioso em Jerusalém, particularmente nos bairros árabes até o Monte do Templo”.

“Ben-Gvir está disposto a pagar por suas fotos de campanha com sangue judeu e árabe”, afirmou Galon e acrescentou que Ben-Gvir estava acompanhado por “manifestantes” que “deveriam ser declarados como uma organização terrorista”.

Ela ainda pediu ao ministro da Defesa que remova a imunidade de Ben-Gvir como deputado por “incitar violência e terror”.

Fonte: The Jerusalem Post
Fotos Wikimedia Commons